Executivo da Intervalor comenta pesquisa que realizaram sobre os canais de cobrança de dívidas. Os digitais apresentam boa performance
O uso de telefone para a cobrança de dívidas será reduzido nos próximos anos. Os contatos com os devedores cada vez mais serão feitos pelas mídias sociais. Quem aposta nisso é Phelipe Alvarez, diretor comercial e marketing da Intervalor, empresa especializada em crédito, cobrança de dívidas, backoffice e relacionamento.
Alvarez é o convidado de Angela Crespo no programa Consumo em Pauta, da Rádio Mega Brasil Online, desta segunda-feira (7/8). Na entrevista, ele fala sobre o crescimento das mídias sociais como canais de cobrança de inadimplentes e do uso da tecnologia para a localização de inadimplentes inacessíveis, entre outros assuntos relacionados à cobrança de dívidas.
Pesquisa recente da Intervalor mostra que o telefone é ainda o canal preferido dos inadimplentes para que seus credores entrem em contato, mas o whatsapp vem caindo nas graças dos devedores e 20% dos entrevistados já fizeram a opção por esta canal. “Acredito que no prazo de um ano a curva se inverta. Os que hoje preferem telefone é porque ainda não tiveram a experiência digital”, diz o executivo. Para Alvarez, “já era esperado que o telefone fosse apontado como canal preferido de negociação, principalmente por uma questão cultural, considerando que até pouco tempo atrás era um dos únicos que permitia interação a distância com uma empresa”.
Para as empresas credoras e de cobrança, a utilização dos canais digitais para contato com devedores significa redução de custos. E tem outras vantagens, como a baixa quebra de acordos. O diretor da Intervalor aponta que no digital esta quebra é entre 30% e 40% menor do que os acordos realizados por telefone. A explicação para este resultado positivo está no nível de personalização que se consegue no meio digital em relação ao telefone. “No digital o consumidor aceita fazer acordo para a quitação de seu débito por livre e espontânea vontade. Ao emitir o boleto que recebe juntamente com a mensagem de valores em aberto mostra que está interessado em pagar o que está em atraso e teve tempo para pensar e simular o pagamento. No telefone, o inadimplente faz o acordo para se ver livre das ligações.”
A mensagem de cobrança enviada ao devedor pelas mídias sociais – a Intervalor utiliza também o Facebook Messenger e SMS -, explica Alvarez, não são diretas. Por SMS a empresa de cobrança encaminha texto comunicando que há uma oferta de “x” empresa, como se fosse de venda de algum produto, e ao clicar no link anexado o devedor chega a uma página com um menu de canais de relacionamento. Ele escolhe por qual deles deseja dialogar com o credor. “Cerca de 15% dos SMS enviados são abertos. Desses, entre 50% e 60% geram acordos, com quebra de menos de 15%, considerado um índice baixo.”
Novidades tecnológicas na cobrança de dívidas
A localização de devedores também vem se aprimorando. O executivo destaca que há empresas especializadas no “enriquecimento de telefones” por meio do CPF do devedor, o que facilita a localização do número da linha de quem não honrou no prazo com seus compromissos financeiros.
Há mais novidades. A Intervalor vem experimentando uma nova tecnologia que localiza o devedor via computador que ele utiliza. O IP da máquina é capturado assim como os cookies – arquivos de internet que armazenam temporariamente o que o internauta está visitando na rede. Por meio deste processo é possível entregar mensagens ao devedor – com textos de ofertas e não de cobrança – igual aos sistemas de remarketing, aqueles anúncios baseados no comportamento do usuário, também conhecidos como marketing de perseguição.
Para saber mais sobre o uso dessas novas tecnologias que vêm sendo utilizadas para cobrança de dívidas, reserve um espaço na sua agenda nesta segunda-feira (7/8), às 16 horas, e link a Rádio Mega Brasil Online. O programa Consumo em Pauta é reapresentado na terça, às 19 horas, e na quarta, às 9 horas.
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Por Angela Crespo
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