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Contratar plano de saúde por adesão pode pesar no bolso

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Contratar plano de saúde por adesão

Contratar plano de saúde por adesão é fundamental muita pesquisa e orientação de especialista. Os reajustes não são definidos pela ANS

Contratar plano de saúde por adesão como se fosse um plano individual é uma prática comum. Não conhecer os dois tipos de planos pode pesar muito no bolso.

Conforme dados da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), cerca de 36,49% dos beneficiários de planos empresariais e por adesão tiveram reajuste de até 28%, em 2020.

Com isso, já podemos entender que a contratação do plano por adesão pode trazer um grande prejuízo ao consumidor.


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Outra pesquisa, realizada pelo IDEC (Instituto Brasileiro de Defesa de Consumidor), apontou que cinco operadoras de planos de saúde empresariais e por adesão, com maior volume de reclamações no instituto, no período entre 2015 e 2020, tiveram reajustes muito acima da média do valor máximo estabelecido pela ANS.

Riscos ao contratar um plano de saúde por adesão

Ronaldo Bispo, CEO da RSIM Consultoria, empresa especializada na comercialização de planos de saúde, alerta ainda para os riscos ao contratar plano de saúde por adesão. “Por se tratar de um serviço tão importante e cuja utilização envolve um momento delicado como o atendimento médico, é fundamental que a pessoa pesquise muito. Deve, ainda se informar sobre a empresa e, se necessário, procurar um profissional para esclarecer suas dúvidas antes de contratar plano de saúde por adesão. Porque a pior coisa é comprar ou contratar algo e depois se arrepender”, explica.

Plano individual x plano por adesão

A contratação do plano de saúde individual é feita diretamente com a operadora e seu reajuste anual tem como base o índice da ANS.

Já contratar plano de saúde por adesão é por meio de grupos, por pessoas que têm um vínculo de trabalho em comum. Assim, a contratação é feita por meio de entidades de classe e sindicatos. Essas, eventualmente, oferecem o benefício como uma contratação individual.

“Em geral, os planos de adesão costumam sofrer reajustes 50% acima dos reajustes aplicados aos planos individuais. Portanto, isso pode ser muito prejudicial para os beneficiários, visto que em 2021 o reajuste dos planos individuais foi de – 8,19%”, completa Ronaldo.

Segundo o especialista, essa modalidade de contratação implica em outras questões que podem ser bastante prejudiciais aos beneficiários, como os reajustes e sistema de contratação.

Isso porque os planos por adesão não têm seu reajuste definido pela ANS, mas conforme o índice de sinistralidade da carteira de clientes, o que acaba tornando o aumento muito maior do que no plano individual.

“Os planos por adesão são comercializados por administradoras de planos de saúde, que fazem a administração da carteira da operadora, repassando os reajustes aos seus participantes. Desta forma, o reajuste é realizado de acordo com a carteira da entidade. E é aí que mora o perigo.”

ANS define reajuste de plano individual

Ele destaca ainda que, no plano individual, quem define o reajuste é a ANS e não a operadora. Por isso, o reajuste regulamentado fará com que o plano esteja mais blindado aos aumentos abusivos, garantindo mais segurança aos beneficiários.

“Para fazer a melhor escolha de um plano de saúde que atenda às necessidades, sem surpresas, o ideal é procurar uma consultoria. Ela ajuda a definir a melhor opção de acordo com o perfil de cada cliente, pois hoje existem muitos vendedores e poucos consultores qualificados e prontos para realizar um atendimento adequado em benefício do cliente”, conclui Ronaldo Bispo, CEO da Rsim Consultoria em Planos de Saúde.

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