Rodrigo Goecks, expert no tema cultura da inovação, explica como ela pode ser aplicada nas empresas e os resultados positivos que ela traz para as corporações
No Programa Consumo em Pauta desta segunda-feira (14/8) vamos falar sobre a cultura da inovação com um mestre sobre o assunto, Rodrigo Goecks, sócio da Adigo Desenvolvimento, mestre em administração de empresas, pós-graduado em marketing e graduado em ciências. Tem também formação em coach e biopsicologia e experiência profissional como executivo de grandes empresas, além de ser empreendedor, professor, consultor e coach. Ou seja, um profissional que vem se reinventado o tempo todo.
Mas o que é cultura da inovação e como ela pode ser aplicada numa corporação? Goecks explica que é a capacidade de exercitar o “não sei”, de explorar o ambiente das incertezas na busca de novas possibilidades deixando de lado as ideias formatadas. “São modelos de processos decisórios alavancadores de empoderamento das pessoas, que possibilitam a decisão participativa e abrem a possibilidade de ousar. “Precisamos ter claro que inovação traz valor aos clientes e reduz custos.”
A cultura da inovação necessariamente precisa permear toda a empresa por meio de comportamentos, desenvolvimento de pessoas e da própria liderança, elevando o grau de consciência na tomada de decisões que trarão, consequentemente, valor à marca.
A cultura da inovação está presente fortemente nas startups, “as empresas mais inovadoras deste novo milênio”, na percepção de Goecks. “Elas, quando começam, não sabem bem como vão fazer, mas tem um propósito comum e a capacidade de exercitar o ‘não sei’, de trabalhar o ambiente das incertezas, o que traz novas possibilidades.”
As startups, na opinião de Goecks, “traz uma maior facilidade para os clientes num determinado segmento de mercado e com isto acabam modificando o próprio mercado, uma vez que mudam a forma de consumir bens e serviços. Não alugamos mais vídeos nas locadoras; não pedimos mais comida pelo telefone; não compramos mais viagens em uma agência; etc.” Ele acrescenta que, diante de tantas facilidades, se a empresa tradicional não reagir poderá, no mínimo, perder parte de seu mercado.
Muitas empresas tradicionais vêm buscando a cultura da inovoção para se manterem vivas nestes tempos de constantes mudanças. Goecks cita a Porto Seguro na entrevista, empresa que, segundo ele, está procurando introduzir modelos de processos decisórios visando ao desenvolvimento de pessoas e da própria liderança, elevando o grau de consciência para que decisões sejam tomadas com mais rapidez e resultem em lucratividade. “Hierarquias engessadas ou ambientes que não estimulam a cocriação não terão futuro se não construírem uma nova forma de atuar e um novo mindset”, declara o executivo. Segundo ele, algumas empresas apoiam startups na expectativa de levar a cultura da inovação para dentro das corporações.
Os SACs, por exemplo, conforme Goecks, é um dos ambientes mais engessados das empresas. Os colaboradores não são estimulados a tomar uma atitude. “É tudo amarrado, não há inovação. As pessoas recebem ordem e são obrigadas a cumpri-las.”
Portanto, a implantação da cultura da inovação nas antigas empresas ou em departamentos específicos passa, necessariamente, pelos conceitos de identidade, relações, processos e recursos, numa visão integrada. “Só há transformação quando há impacto na cultura e no comportamento organizacional, no dia-a-dia das pessoas. Desta forma, há a mudança de mindset necessária para que as novas práticas sejam efetivas para a criação de riqueza por meio da inovação”, destaca Goecks.
A espinha dorsal deste novo mindset está na coesão por um propósito único, na colocação do cliente no centro da decisão, na flexibilidade e na rapidez para agir, gerando um processo criativo e de tomada de decisão de fora para dentro.
Quer saber mais sobre cultura da inovação? Não perca o programa Consumo em Pauta, às 16 horas, na Rádio Mega Brasil Online. Reapresentações na terça, às 19 horas, e na quarta, às 9 horas.
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