O consultor Júlio Santos fala de seu trabalho de educação financeira nas empresas, destinado a funcionários que querem uma vida mais saudável economicamente
O descontrole financeiro afeta a vida profissional. Um trabalhador endividado pode se tornar um problema para as empresas porque sua produtividade é reduzida. Os outros efeitos colaterais são o absenteísmo e a demissão forçada para levantar dinheiro. Cientes destas situações, muitas empresas vêm oferecendo a seus colaboradores aconselhamentos em educação financeira, cujos resultados são extremamente positivos com a melhora do comprometimento com o trabalho.
Para falar sobre aconselhamento em educação financeira no ambiente do trabalho, o programa Consumo em Pauta convidou Júlio Santos, consultor financeiro, que vem aplicando seus conhecimentos em grupos de colaboradores em diferentes empresas. A entrevista feita por Angela Crespo vai ao ar nesta segunda-feira, às 16 horas, na Rádio Mega Brasil Online.
Para o consultor, as empresas estão apostando no aconselhamento em educação financeira porque concluíram que não basta capacitar tecnicamente seus colaboradores. É preciso também ter um olhar para a pessoa, ajudá-lo na gestão de seus recursos financeiros e na mudança do comportamento do consumo. “Sabem que este investimento no funcionário vai gerar mais lealdade uma vez que a percepção é de que o empregador está preocupado com ele.”
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A busca da saúde financeira é o objetivo da atividade de Júlio Santos. Para ele, ser educado financeiramente é usar com sabedoria o que se ganha. “É pensar que desperdiçamos nossa força de trabalho ao gastar de forma imprudente o resultado do nosso esforço”, explica.
O consultor leva a própria experiência negativa de lidar com o dinheiro para seus “alunos”. O fato de ter sentido na pele o que provoca a desorganização financeira lhe dá propriedade para falar. “Até os 42 anos não lidava com o dinheiro de forma tranquila e isso acarretou uma série de problemas na minha vida familiar, profissional, afetiva. Aprendi a duras penas.”
Para quem persegue a estabilidade financeira, o fim da inadimplência e uma vida saudável economicamente, a receita, conforme o consultor, é compartilhar tanto o sucesso quanto o insucesso financeiro. “As pessoas têm receio de se expor; elas têm mais liberdade de falar de sexo do que falar do financeiro”, assegura Júlio Santos.
No ambiente corporativo, para se ter um trabalho eficaz de educação financeira, a empresa tem de oferecer o aconselhamento de modo sutil e tem de ser voluntário; quem quiser participa. “No contato com os colaboradores percebemos que quem aceita o aconselhamento muda o comportamento, trabalha com mais vontade o que acaba contagiando os colegas pelos resultados alcançados”, destaca o consultor.
O trabalho de Júlio tem início com palestra de sensibilização, que serve de alerta para a importância de aprender a lidar com dinheiro. Depois há encontros mensais individualmente. Ele destaca que educação financeira não é apenas números e planilhas, “é mudança de hábito, é reflexão do que se quer para o futuro, é mudança comportamental e atitudinal. Tudo isso leva um tempo, como qualquer ‘terapia’”.
Para saber mais sobre aconselhamento em educação financeira no mundo corporativo reserve agenda nesta segunda-feira (17/7), às 16 horas. A mesma entrevista do programa Consumo em Pauta, na Rádio Mega Brasil Online, é reapresentada na terça, às 19 horas, e na quarta, às 9 horas.
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Por Angela Crespo