O uso de aparelho de ar-condicionado no verão pode representar 18% do consumo de energia de uma casa. Antes de comprar ou usar, preste atenção nas dicas da CPFL Energia
Com a chegada do verão e o aumento das temperaturas, muitas pessoas pensam em adquirir um aparelho de ar-condicionado para refrescar o ambiente de suas residências e estabelecimentos comerciais. Geralmente, fazem pesquisas para encontrar o ar-condicionado com o menor preço que atenda às suas necessidades. O que nem sempre o consumidor leva em conta é o quanto o consumo energético do aparelho vai pesar na conta de luz.
Cálculos da CPFL Energia apontam que, durante o verão, os sistemas de refrigeração, como equipamentos de ar-condicionado e ventiladores, chegam a representar até 18% do consumo de energia de uma casa, superando o consumo de chuveiros, televisões e lâmpadas. Por isso, o uso racional e a escolha do aparelho correto podem fazer a diferença para reduzir a conta de luz no final do mês.
O gerente do Programa de Eficiência Energética da CPFL Energia, Luiz Carlos Lopes Junior, esclarece que a compra consciente de um ar-condicionado envolve mais variáveis do que apenas o preço do aparelho. “Existem variáveis no ambiente em que ele será instalado que pode influenciar no quanto o aparelho consome. Por isso, para economizar ao máximo, a instalação deve ser tão planejada quanto a compra”, afirma Lopes Junior.
Para ajudar na melhor escolha, a CPFL Energia preparou 10 orientações para usar o aparelho de ar-condicionado de maneira econômica, segurança e responsável:
Custo do consumo mensal
As estimativas apontam que o uso de um ar-condicionado pode contribuir para o aumento do consumo de energia em cerca de 30% durante o verão na comparação com o inverno, dependendo da forma de uso. Isso significa que, em uma família pague R$ 150,00 por mês de luz sem o ar-condicionado, com o aparelho o custo mensal pode checar próximo a R$ 200,00.
Potência do aparelho
Outro cuidado que é preciso ter antes de comprar o aparelho é pesquisar qual a potência ideal para o local onde o ar-condicionado será instalado. De um modo geral, os fabricantes do equipamento aconselham multiplicar 600 BTU (unidade de medida utilizada no aparelho) por metro quadrado do ambiente a ser refrigerado, adicionando outros 600 BTU por pessoa que usará o local, contando a partir da segunda.
Exemplificando, se o equipamento será instalado em um quarto com 20 metros quadrados, a conta a ser feita é de 600 x 20, cujo resultado é 12 mil. Isso significa que a potência ideal do aparelho para refrigerar este cômodo é de, no mínimo, 12 mil BTU.
Presença no ambiente
Tudo o que traz calor para o local vai exigir mais do aparelho de ar-condicionado. Como por exemplo, o tipo e a quantidade de lâmpadas instaladas (lâmpadas incandescentes tendem exigir mais do sistema de refrigeração do aparelho), a iluminação pode elevar a temperatura de um cômodo em até 5°C. Lâmpadas de LED são mais indicadas, pois não esquentam o ambiente; insolação é outro fator de influência, prefira instalar o ar-condicionado nos locais naturalmente mais frescos da casa; escolha também uma potência maior se o ambiente tiver muitos equipamentos como computadores, geladeiras, projetores e televisão. Realize a limpeza e a manutenção periódica no aparelho.
Regulação da temperatura
Evitar o uso na temperatura mínima do aparelho de ar-condicionado. Para economizar energia, mantenha uma temperatura confortável e espere um tempo maior para que o ambiente seja refrigerado de forma gradativa. Temperaturas entre 21º e 22º já proporcionam uma sensação de conforto sem um elevado consumo energético. Para facilitar, alguns aparelhos também possuem a função “modo econômico”, que funcionam de forma parecida ao dos aparelhos celulares.
Aparelhos inverter
Apesar de custarem mais, os aparelhos de ar-condicionado do tipo inverter podem trazer uma economia de até 40% em relação a um convencional. Isso porque essa tecnologia permite que o aparelho regule o fluxo de energia do sistema, alterando a velocidade do compressor. Este componente irá reduzir o consumo de energia quando se detecta que a sala precisa de menos refrigeração ou aquecimento para alcançar a temperatura desejada.
Ambiente fechado
Nunca é demais lembrar que, quando o ar-condicionado estiver ligado, as janelas e portas do cômodo devem estar totalmente fechadas para evitar a troca rápida de calor com o ambiente externo.
Uso durante a madrugada
A maioria dos aparelhos de ar-condicionado vendidos hoje no mercado tem uma função para programar o desligamento automático (timer). Usar este recurso durante a madrugada evita um gasto de energia elétrica desnecessário, uma vez que, até o amanhecer, há um resfriamento natural do ambiente.
Segurança
Antes de instalar um aparelho de ar-condicionado, contrate um profissional eletricista para avaliar a sua instalação interna. Fazer as adequações necessárias na fiação elétrica, o que, neste caso, além de trazer economia, revela um cuidado com a segurança.
Selo Procel
Antes de comprar, procure sempre saber mais sobre os dados técnicos do aparelho nos sites do fabricante e do Inmetro. Priorize sempre os modelos de ar-condicionado com Selo A do Procel, que sinaliza os aparelhos mais econômicos e eficientes do ponto de vista energético. O site do Inmetro possui uma tabela com o consumo de energia de todos os aparelhos homologados pelo instituto, o que facilita a comparação entre as diferentes marcas.
Adequação de carga
Um aparelho grande consumidor de energia como um ar-condicionado pode influenciar na qualidade do fornecimento de energia elétrica. Por isso, para não comprometer a continuidade do fornecimento de energia elétrica, é importante que as informações cadastrais de consumo na distribuidora estejam atualizadas. Ou seja, a distribuidora de energia, com a CPFL, precisa saber o quanto cada imóvel realmente pode usar de energia para preparar uma rede elétrica capaz de suportar essa demanda e não causar sobrecarga na rede por cargas não declaradas.
Fonte: CPFL Energia