A biometria facial nada mais é do que uma técnica que usa o rosto para identificar pessoas
Você já fez algum pagamento via reconhecimento facial? Ou já ouviu falar em leitura facial em lojas? Saiba que este novo meio de pagamento vem ganhando adeptos tanto do lado das empresas quanto dos consumidores.
A biometria facial, em resumo, nada mais é do que uma técnica que usa o rosto para identificar pessoas. Uma câmera captura a imagem do consumidor na hora do pagamento e a compara com um banco de dados. Mas essa comparação só é possível se o consumidor, previamente, fizer o cadastro.
E não pense que o uso desta tecnologia só está começando. Muito pelo contrário. Já está consolidada em lojas de autoatendimento, assim como no varejo. Em alguns supermercados, por exemplo, as compras podem ser pagas só mostrando a face nos caixas de autosserviço.
O uso dessa tecnologia deve crescer muito nos próximos anos. De acordo com o relatório “O Futuro dos Pagamentos”, lançado em abril pela Mastercard, o mercado global de pagamentos biométricos deve crescer 62% até 2030.
Mas será que essa tecnologia do reconhecimento facial é confiável? Ela evita fraudes? Como ela funciona? Como e onde eu cadastro minha face?
Biometria facial é confiável
Sim, o reconhecimento facial é confiável e evita fraudes, uma vez que para realizar o pagamento ou entrar em um prédio (onde também vem sendo muito utilizada) a pessoa precisa estar fisicamente no local. “Se colocar uma foto, o sistema não faz o reconhecimento”, comenta Ricardo Cadar, fundador e CEO da Bepass. Esta startup focada na solução de identidade digital com autenticação por meio de biometria facial, aliás, é a responsável pela aplicação da tecnologia no Allianz Parque. A solução implantada no estádio não gerou somente maior rapidez e segurança no acesso aos jogos. E, ainda, ajudou a solucionar a morte de uma torcedora.
Como usar a biometria facial
Para usar a biometria facial é preciso fazer um cadastro. “A foto, necessariamente, tem de ser feita via celular”, diz Cadar. A razão é simples: “Hoje, os celulares têm ótimas resoluções de câmeras fotográficas e, claro, estão ao alcance de todos.”
Além da face, é preciso cadastrar o número do cartão de crédito, débito ou de loja (private label) para efetuar o pagamento. Pode, ainda, debitar direto na conta corrente do consumidor. Para tanto, ele deve informar o banco, agência e número da conta corrente.
O reconhecimento facial em lojas físicas, portanto, funciona via app. Quando do pagamento da conta, a face do consumidor é reconhecida via código criptografado em um dispositivo instalado normalmente no caixa ou no teleatendimento.
Depois, basta validar o valor total do checkout para completar a transação. A quantia é creditada imediatamente na conta do varejista.
Outros tipos de biometria
A biometria digital, provavelmente, é a mais conhecida. Com a impressão digital, por exemplo, é possível sacar dinheiro em caixas eletrônicos de alguns bancos sem que esteja portando o cartão de débito. Há, ainda, a biometria por voz e por íris.
Todas elas vêm transformando a rotina do consumidor. Ou seja, cada vez mais vamos sair sem lenço e sem documento, como na letra da música Alegria, Alegria, de Caetano Veloso.
Na Mega Brasil
Para saber mais detalhes sobre o uso da biometria facial como meio de pagamento, acesse a Rádio Mega Brasil Online nesta segunda (21/8), às 17 horas (reapresentações na terça às 9 horas, na quinta, às 19 horas, e no domingo, às 13 horas). A entrevista com Ricardo Cadar, da Bepass, também fica disponível no canal da Mega Brasil no Youtube.