Cuidados especiais com senhas do e-commerce é a recomendação de David Reck, especialista em fraudes, na entrevista ao programa Consumo em Pauta, na Rádio Mega Brasil Online desta segunda-feira (25/9)
As senhas de acesso às lojas virtuais precisam ter o mesmo grau de segurança e de cuidados das utilizadas pelos consumidores em suas transações financeiras, em bancos, etc. Não faltam notícias de consumidores reclamando que compras foram feitas em seu nome sem que eles tivessem acessado a loja do e-commerce. Vazamentos de senhas de lojas virtuais de grandes redes de varejo também ocorrem e podem causar prejuízos econômicos aos cidadãos.
“Cuidar das senhas utilizadas em bancos, cartões e até no e-commerce merece a mesma atenção das ações que tomamos no mundo físico. Compramos carros blindados para nos proteger da violência, portas de residências e de empresas são reforçadas com grades e até seguros contra furtos e roubos são contratados visando ao menor prejuízo caso haja alguma invasão, seja ela qual for. Este comportamento também deve prevalecer quando falamos de senhas”, comenta David Reck, especialista em fraudes, marketing digital e fundador da Reamp – empresa especializada em soluções para Digital Marketing e Perfomance.
Reck é o entrevistado do programa Consumo em Pauta desta segunda (25/9), na Rádio Mega Brasil Online, comandado por Angela Crespo, jornalista com expertise em direitos das relações de consumo.
Para se proteger de possíveis furtos de senhas, o especialista em fraudes recomenda inúmeras ações, como não acessar sites financeiros ou de lojas com wi-fi públicos ou compartilhados; só usar o computador pessoal para estes acessos, tomando o cuidado de verificar se não está contaminado por vírus que capturam dados; verificar sempre se o software da máquina e o antivírus estão atualizados; e não acessar sites desconhecidos.
Especificamente sobre senhas, Reck reconhece que é complicado criar (e lembrar) de inúmeras senhas, uma para cada atividade na internet. “Mas ter senhas diferentes é fundamental para a segurança do consumidor”, alerta ele. O uso de aplicativos específico para administração de senhas pode resolver a questão.
No momento de criação das senhas, diz o fundador da Reamp, é preciso ficar atento à quantidade de caracteres e não se pode, em hipótese alguma, utilizar nomes, palavras ou datas que identificam o seu criador. Reck recomenda que as senhas tenham, no mínimo, oito caracteres, combinando letras maiúsculas e minúsculas, números e símbolos. “Se não se sentir confortável em criar senhas diferentes para cada aplicação, pode-se fazer grupos de senhas específicas para transações financeiras, redes sociais, e-commerce e para acessos que não são tão importantes.”
Muitas pessoas acessam sites pelo Facebook, o que não é recomendado pelo especialista em fraude. Outra dica é tomar cuidado com as mensagens que chegam nas caixas de e-mail sobre a recuperação de senhas. Hackers podem estar tentando modificar a senha de alguma loja, banco, etc. para aplicar golpes. “Se um grande site de e-commerce tiver as senhas vazadas, os hackers vão pegar o e-mail de login com aquela senha e tentar acessar outros sites.” Conforme o especialista, há ferramentas que fazem a captura das senhas numa velocidade incrível.
Colocar um segundo fator de autenticação nos logins, por exemplo tokens, é outra recomendação, e isso é possível até no Facebook, ação que deve ser adotada para aqueles que optarem por usar o site de rede social para acessar outros canais digitais. Conforme Reck, deve-se, inclusive, cadastrar senha para acesso ao aplicativo WhatsApp. “A fraude ao cidadão é alta, tanto que o crime organizado, as grandes facções, tem em suas células especialistas na área de segurança para práticas e obtenção de dados de cartão de crédito e senhas no e-commerce para compras.”
Para saber mais sobre como se prevenir do uso de senhas do e-commerce por fraudadores, não perca o programa Consumo em Pauta. Ele vai ao ar às 16 horas, com reapresentações na terça, às 19 horas, e na quarta, às 9 horas.
Por Angela Crespo
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