A assinatura de carro vem conquistando o brasileiro. Mas será que vale a pena? Confira a entrevista com executivo da Energy Fleet Services
Assinatura de carro é um novo serviço que vem conquistando os consumidores. Em princípio, ela oferece como vantagem poder usufruir de um veículo zero todos os anos, caso esta seja a vontade do assinante. Ainda, não arcar com todos os custos envolvidos em uma aquisição, como documentação, emplacamento, etc. Por fim, não precisar se preocupar com as revisões e manutenções.
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“No final de um período de três anos, na opção de assinatura de carro, pode se ter um ganho entre 18% e 20%”, destaca José Carlos Figueira, diretor do Energy Group, do qual faz parte a Energy Fleet Services, empresa detentora do produto Drive Select, que oferece carros premium por assinatura, destinado a pessoas físicas e profissionais liberais. Ele é o entrevistado da jornalista Angela Crespo no programa Consumo em Pauta.
Cálculo do ganho
A conta do executivo é simples. Para a compra de um carro no valor de R$ 100 mil, caso o consumidor fique com o veículo por três anos, ele terá as despesas iniciais com documentação e emplacamento. Ainda, durante os três anos, arcará com IPVA, DPVAT, seguro, revisão, manutenção, pneus.
Ao fim dos três anos, venderá o veículo com desvalorização, que pode chegar, dependendo do carro, a até 40% do valor da compra. Somados todos estes custos com a desvalorização e subtraindo o que foi pago de assinatura do carro, terá deixado de gastar entre 18% e 20% do total investido. “Nem colocamos nesta conta que o valor de R$ 100 mil poderia ser aplicado no mercado financeiro”, acrescenta Figueira.
Ou seja, para o executivo da Energy Fleet Services, a assinatura de carro é uma decisão inteligente para o bolso, além da comodidade.
Diferença entre locação e assinatura de carro
“O diferencial da assinatura com a locação é que, na primeira, o consumidor pode escolher o veículo que ele quiser”, destaca Figueira. Já na locação, vai receber o carro que há disponibilidade.
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Na Energy Fleet Services, que integra o Energy Group, a assinatura de carro leva a marca Drive Select e é destinada a um público premium. O assinante pode escolher o veículo que quiser, sempre da linha premium, a cor, os acessórios, optar por um blindado ou não. “Ele receberá o carro escolhido, zerinho.”
Se a opção não for por um carro premium, o interessado na assinatura pode recorrer há outras locadoras. “Há inúmeras empresas no mercado que ofertam assinatura dos mais diferentes modelos e marcas.” Inclusive, diz ele, as próprias montadoras de veículos estão vendo a assinatura de carro como uma opção de negócio.
Como funciona a assinatura de carro
O processo é simples. O interessado deve escolher o carro que atende às suas necessidades e determinar por quanto tempo deseja ficar com o bem. Daí, é só orçar os valores com as empresas que disponibilizam o modelo que deseja e fazer a contratação. Lembrando que cada locadora tem um prazo específico para a assinatura, mas o mínimo são 12 meses e pode ir além dos 36 meses.
Outro detalhe a ser considerado é quanto a quilometragem. Ela não é livre e é definida na contratação. Por exemplo, se o contrato da assinatura for para 12 meses e mil quilômetros por mês, no fim do período da contratação o que ultrapassar os 12 mil quilômetros será cobrado à parte. Por isso é bom ver qual é o valor da quilometragem excedida.
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Importante saber que no fim da locação via assinatura de carro, o consumidor não tem a opção de compra do veículo. Portanto, não se deve confundir com leasing.
Regras para a assinatura
A assinatura de veículos pode ser feita tanto por pessoa física quanto jurídica. Entretanto, a maioria das empresas que atuam neste segmento exige que o assinante tenha mais de 21 anos ou, pelo menos, um ano de Carteira de Habilitação.
Outra exigência é ter cartão de crédito no nome do titular da locação. Mas, acrescenta Figueira, na Energy Fleet Services é possível a utilização de outros meios de pagamentos.
O que está incluso na assinatura
A partir do momento em que se faz a assinatura do carro, o locador só deverá se preocupar em colocar a mão no bolso para pagar a mensalidade e o abastecimento do veículo. E, claro, arcar com as multas de trânsito, que continuam indo para o seu prontuário.
Os demais custos, como de manutenção, revisão, IPVA, DPVAT, seguro, documentação e emplacamento, já estão no valor da assinatura. “Ou seja, na assinatura de carro o consumidor só fica com a parte boa: usar o veículo”, acrescenta o executivo da Energy Fleet Services.
Quanto ao seguro, o custo será com base no perfil do assinante, como numa contratação particular. E se mais de um motorista utilizar o veículo, isso deverá ser informado.
Vale à pena a assinatura?
Para quem não quer trabalho de procurar um carro na concessionária, mas deseja um carro novo a cada período de um ano ou mais, não quer ficar com um carro padrão em caso de sinistro, não quer se preocupar com as revisões, etc., pode ser uma solução.
Para saber mais sobre assinatura de carro, acesse a Rádio Mega Brasil Online nesta segunda (08/02), às 16 horas. Reapresentações na terça, às 9 horas, e na quarta, às 20 horas.