Fugir dos golpes dos boletos falsos não é algo tão difícil. Mas é necessário uma série de cuidados, como checar os próprios dados no documento
Para fugir dos golpes dos boletos falsos é fundamental tomar uma série de cuidados. Isso porque, este tipo de golpe, muito comum na internet, tem ficado mais sofisticado e perigoso.
Isso porque, os bandidos estão montando call centers e conseguindo informações de contratos de bancos, financeiras, lojas, escolas, operadoras de telefonia e TV a cabo. Assim, agem como como verdadeiras empresas de cobrança, ligam ou enviam mensagens via WhatsApp para os devedores. Nestas ligações ou mensagens, propõem acordos com um valor muito a abaixo do débito, que claro, os devedores sempre aceitam.
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Após a negociação fechada, essas empresas falsas de cobranças montam um boleto adulterado (boleto falso), igual ao original, com todos os de dados bancários ou código de barras do banco dos credores. Após ser pago, o valor é direcionado para um destinatário desconhecido. Esse tipo de fraude acontece principalmente por meio de emissão boletos que são enviados por sites, e-mail e WhatsApp.
Após realizar o pagamento do boleto falso, o devedor só descobrirá que foi enganado se uma empresa de cobranças autorizada entrar em contato.
O advogado Afonso Morais, sócio da Morais Advogados Associados, orienta que quem sofreu o golpe do pagamento de dívidas com um boleto falso deve fazer um boletim de ocorrência na delegacia, juntando todos os documentos que possui, como textos impressos das conservas que manteve via WhatsApp assim como o boleto fraudado.
Como isso, as autoridades competentes tomam providências de prender os estelionatários ou pelo menos coibir novas fraudes contra outros consumidores. Após a elaboração do boletim de ocorrência, é preciso procurar os credores, contudo, dependendo do tipo de fraude, as empresas não terão responsabilidade de reembolsar o consumidor.
O que fazer para fugir dos golpes dos boletos falsos
Confira a empresa cobradora: Para fugir dos golpes dos boletos falsos, ao ser cobrado por um escritório jurídico ou uma empresa de cobranças, certifique-se com o credor de que estes cobradores estão autorizados a negociar o seu débito. Ou, então, peça algum documento que autorize a empresa a cobrar o débito, porque é na cobrança que começa a fraude do boleto falso.
Saiba que nenhum credor, seja banco, financeira, loja, etc. concede redução do débito de uma dívida em 80%, e é esta estratégia usada pelos estelionatários para convencer os consumidores a pagarem boletos falso sem o devido contato.
Cheque os dados do boleto: Veja se os dígitos finais representam o valor do boleto: se são diferentes, é possível que seja golpe. Por exemplo, se for uma cobrança recorrente, como boleto de financiamento de veículo (onde ocorre o maior número de fraudes), fatura da TV a cabo, boleto da escola dos filhos que costume vir com valor fixo, suspeite se houver alguma variação de valor. Confirme também seus dados pessoais, como CPF e busque por erros de português e de formatação.
Ademais, verifique ainda se os primeiros dígitos do código de pagamento coincidem com o código do banco que aparece como sendo o emissor do boleto. Também antes de efetivar o pagamento, verifique se o cedente do boleto é a instituição que realmente você está devendo, se for diferente não efetive o pagamento. Os números bancários podem ser checados no site da Febraban.
Verifique a origem com o banco e financeira: Se o boleto é emitido por uma financeira, banco ou loja, pesquise a reputação da empresa no Reclame Aqui para se certificar de que ela de fato existe. Se for cobrado por uma empresa de cobranças, verifique junto ao credor se ela está autorizada a negociar o seu débito e emitir boletos.
Enfim, no caso de compras online, opte sempre que possível por outros meios de pagamentos. Fuja dos boletos. Plataformas como Mercado Pago, PagSeguro e demais meios digitais oferecem mais segurança quando atuam como intermediárias e podem ser acionadas se algo der errado na transação.
Prefira a leitura automática do código de barras: Sempre que for efetuar o pagamento do boleto, prefira ler o código de barras pela câmera do celular ou no caixa eletrônico. Em geral, boletos com linha digitável adulterada não trazem código de barras compatível e precisam forçar a vítima a digitar a sequência manualmente para completar o golpe. Um documento com barras ilegíveis, portanto, tem maiores chances de ser fraudulento. Com este cuidado você conseguirá fugir dos golpes dos boletos falsos.
Baixe o boleto no site do credor: Sempre que possível, é importante baixar boletos diretamente no site do banco ou da empresa que está fazendo a cobrança. Portanto, duvide sempre de boletos que chegam por e-mail, especialmente quando a mensagem traz um assunto como “Urgente” ou “Seu nome está no Serasa”. Uma boa maneira de driblar esse tipo de problema é usando um serviço de e-mail com bom sistema de anti spam. Isso vale também para faturas que chegam via WhatsApp.
Em golpes mais sofisticados, um boleto falso pode até mesmo ser enviado para a casa da vítima. Assim, nessa modalidade, o documento pode vir com visual idêntico ao original, incluindo envelope com carimbo e remetente real.
Certifique-se de que o site é seguro e evite Wi-Fi público: Ao fazer download do boleto no site do credor, certifique-se de que está acessando a página verdadeira e de que o endereço começa por HTTPS. Páginas seguras trazem o selo do certificado SSL que assegura contra invasões e garante maior confiabilidade para o documento que está sendo baixado.
Evite também se conectar em redes públicas, que são mais suscetíveis a ataques no roteador capazes de falsificar páginas visitadas. Em golpes mais avançados, o criminoso pode interceptar o acesso e alterar um boleto aparentemente baixado do site oficial do banco. Por isso, opte sempre por fazer o download em uma rede segura e com senha, ou pela Internet móvel do celular.
Na hora de pagar uma conta é importante certificar-se da procedência do site, origem do e-mail e dados do código de barra. Empresas só enviam a segunda via quando o documento é solicitado pelo cliente, caso contrário, desconfie.
Fonte: Assessoria e Imprensa