Mudanças no empréstimo consignado do INSS vão ser feitas a partir de janeiro de 2022. A margem volta a ser de 35%. Hoje é de 40%
O novo ano já começa com mudanças no empréstimo consignado do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). A partir de janeiro, a margem para empréstimos consignados volta a ser de 35% do valor do benefício. Ou seja 30% para empréstimo pessoal mais 5% de cartão. Dessa forma, aposentados e pensionistas do INSS ou servidores públicos têm até 31 de dezembro para usar a margem de 40%. Em março deste ano, entretanto, o governo federal havia ampliando a margem como medida para amenizar as consequências econômicas da pandemia da Covid-19.
O fim da obrigatoriedade de suspensão dos pagamentos de parcelas é outra mudança nos empréstimos consignados do INSS. A partir do ano que vem, os bancos estão livres para conceder ou não o adiamento e para aplicar taxas e juros em caso positivo.
Mudanças no empréstimo consignado
Por ser um empréstimo de baixo risco, o empréstimo consignado oferece juros e taxas mais atrativas, média é de 2% ao mês. Além disso, não está atrelado a compra de algum bem específico. Ou seja, pode ser usado para diversas finalidades. E é aí que mora o perigo do endividamento. Isto é, comprometendo a renda familiar com o valor das parcelas.
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Portanto, é preciso analisar muito bem os prós e contras antes de pedir um consignado. Isso sem falar nas armadilhas dos empréstimos não solicitados, que podem se tornar uma grande dor de cabeça.
Contudo, para coibir as fraudes nos empréstimos consignados, novas regras já estão em vigor. Agora, já é permitido o bloqueio e o desbloqueio pelo MEU INSS. Entretanto, o beneficiário precisa ter um cadastro completo no sistema Gov.br.
Agora também é obrigatório apresentar, presencialmente ou pela plataforma, documento com foto. Com isso o INSS pretende tornar o sistema mais seguro. Mesmo assim, vale ficar atento com golpes pela internet ou aplicativos. Golpistas usam desses meios para se passar por instituições financeiras.
Diferenças entre o empréstimo consignado e pessoal
A principal diferença é que o empréstimo pessoal é disponível para qualquer pessoa. Já o empréstimo consignado apenas para aposentados, pensionistas ou servidores púbicos. Bem como funcionários de empresas que têm convênio com intuições bancárias.
A forma de pagamento também muda. No empréstimo consignado o desconto do valor é feito direto na folha de pagamento ou no do benefício. No crédito pessoal, é feito da maneira que o cliente desejar.
Todavia, as duas modalidades requerem análise e aprovação de crédito. Entretanto, o empréstimo consignado, por ter garantia de renda mensal fixa, é mais fácil de aprovar. O dinheiro pode ser liberado em até dois dias úteis. O crédito pessoal, costuma ser mais demorado, pois está sujeito às regras dos bancos.
Além disso as taxas de juros do empréstimo consignado são menores, algo em torno de 2% ao mês, do que os das outras modalidades. O prazo de pagamento também é outra vantagem para quem solicita o empréstimo consignado. Os períodos são amplos e podem chegar a mais de 5 anos, dependendo da oferta de cada banco.
Toda dívida precisa ser quitada
É preciso ter isso em mente ao pedir um empréstimo consignado. Seja beneficiário ou trabalhador CLT que têm esse direito. O primeiro porque terá sua renda mensal diminuída com o desconto da parcela. Já o segundo, em caso de demissão, terá parte de sua rescisão usada para pagar a dívida. Fora isso, não terá renda mensal para quitar o saldo em aberto.
Um empréstimo consignado é um compromisso financeiro de longo prazo. Assim, é possível conviver com o pagamento das parcelas da dívida por anos. Na hora de contratar é importante observar o Custo Efetivo Total (CET). Este custo pode ser maior ou menor dependendo da intuição financeira. Quanto menor, mais barato sai para quem pediu o crédito.