Mas só o consignado não basta. É fundamental implementar ações de controle e redução de gastos. Ou seja, educação financeira
Com as taxas Selic e de endividamento das famílias nas alturas, é preciso mais que jogo de cintura para manter as contas em dia. É necessário educação financeira para entender quais soluções podem ser implementadas. Assim, as dívidas não virem uma bola de neve, como é o caso do cartão de crédito cujos juros anuais quase chegam a 400% ao ano.
O cartão de crédito, aliás, está entre as principais dívidas dos brasileiros, seguido pelos carnês e financiamento de carro.
Uma solução para pôr em dia as dívidas é o empréstimo consignado, pois tem taxa de juros menor. Mas, contudo, só o empréstimo não basta. É fundamental implementar ações de controle e redução de gastos.
O que deve se considerar antes de pedir consignado?
Conforme Damião Moraes, sócio da Somos Financeira, o consignado é uma linha de crédito que fica disponível no cadastro do cliente. A tomada do crédito se torna algo muito mais viável por existir uma pré-aprovação do sistema bancário junto ao INSS. “A margem consignável é de fácil acesso. Por conta disso, é necessário que o consumidor tenha consciência de que o crédito que será disponibilizado deve resolver o seu problema e não lhe causar mais um. Acrescentando mais uma dívida que vai impactar diretamente no seu contracheque”, pontua Moraes.
É preciso, ainda, considerar o valor da parcela e o prazo daquele crédito, além do saldo final que será gerado. Além disso, é preciso colocar em uma balança e considerar outros custos ativos para que não se contraia mais uma dívida que não se consiga arcar quando juntar com as demais.
Quando faz sentido solicitar um consignado e por quê?
Um bom controle da vida financeira é sempre a melhor opção para que o consumidor não caia na tentação de pegar o crédito e não resolver problemas que realmente importam e dessa maneira contrair uma dívida desnecessária.
Um exemplo muito clássico, conforme Moraes, é quando o consumidor possui uma dívida de cartão de crédito no qual o saldo devedor não para de subir por conta dos juros. E o valor da parcela mensal daquela dívida impacta diretamente na vida financeira da pessoa. “Diante disso, o crédito consignado pode ser um grande aliado. Ele é uma linha que tem a menor taxa de juros do mercado e com parcelas fixas”, explica o sócio da Somos Financeira. Ou seja, o consumidor pode adotar o crédito consignado para eliminar uma dívida com juros maiores e com alto poder de impacto no efeito bola de neve.
O que deve ser analisado na hora de escolher o empréstimo?
O primeiro ponto é entender se o valor da parcela vai ficar dentro dos custos mensais. Além de analisar a taxa de juros e o prazo contratual. É preciso, ainda, identificar se a instituição financeira oferece um bom atendimento. Ela deve esclarecer todas as dúvidas e dar suporte durante todo processo. Assim como as melhores condições e vantagens para tomada do crédito.
Outro ponto importante, destaca Moraes, é a segurança da operação, pois todas as etapas precisam ser concluídas com anuência e entendimento do consumidor. Por se tratar de operação financeira, portanto, as etapas e protocolos precisam ser cumpridos conforme determinação das intuições reguladoras.
E por fim, verificar o CET (custo efetivo total), que nada mais é do que o custo geral da operação, no qual consta todos os encargos, tributos e despesas sobre o empréstimo contratado.
Qual o perfil de empréstimo ideal para funcionários públicos?
A mesma linha de crédito que é disponibilizada para o INSS também fica disponível para o servidor público federal: o crédito consignado – desconto em folha. A diferença é que o prazo pode chegar até 96x enquanto o do pensionista e aposentado do INSS é de até 84x.
Quais são os cuidados que deve se tomar após a solicitação de empréstimo para não virar uma bola de neve?
O primeiro é entender que o empréstimo consignado como qualquer outra linha de crédito vai se tornar uma dívida ativa mensal.
Por isso é importante ter consciência da renda real, custos fixos e se livrar de dívidas desnecessárias – pois vai abrir margem para um respiro financeiro gradativo e a possibilidade de economizar uma grana no final do mês. Com isso, o tão temido efeito bola de neve vai se distanciando da sua vida.
Outro ponto essencial para não se tornar uma bola de neve é evitar fazer dívidas que fujam do seu custo mensal e não contratar empréstimos de pequenas quantias a troco de nada. “É importante ressaltar que o INSS permite até 9 linhas de crédito no contracheque. Por mais que o cliente tenha margem disponível para a contratação de mais um empréstimo ele não consegue, caso chegue no limite de linhas permitidas pelo órgão.” Vai ser necessário quitar algum empréstimo ativo ou esperar terminar o prazo contratado.
Fonte: Somos Financeira
Respostas de 2
Quero conversar com vcs por Telefone. Pode passar o Telefone obrigado
Olá, Deise
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