ARTIGO: Será que você comprou o que precisava mesmo?

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Precisamos fabricar mais, produzir mais, vender mais e fazer a roda econômica girar. Mas sempre com muita consciência, diz Marcus Nakagawa | Foto: Mega Brasil

O consumo consciente tem a ver com você atender as suas necessidades sem com isso afetar a sua condição monetária e produtiva e os impactos diretos no planeta e nas pessoas

Por Marcus Nakagawa    

 

A Black Friday passou e já estamos pensando nas lembrancinhas de Natal. Alguns aproveitaram para comprar os seus presentes nesta que virou mais uma data de vendas no país, principalmente na internet. Segundo o Ebit, neste ano o varejo online vendeu R$ 1,9 bilhões, com um aumento de 17% em relação ao ano passado. Mas o mesmo órgão esperava a cifra de R$ 2,1 bilhões para este ano.

É interessante que os sites eletrônicos de vendas e, principalmente, a sua parte de logística e processos estão começando a ficar preparados para este dia de boom de atividades. Quem mostra este dado é o site Reclame Aqui, que apontou 2.912 reclamações nas 24 horas do dia da Black Friday, sendo 33% a menos do que no ano passado.

Não só o bombardeio de publicidade na TV, jornais, rádios e internet, mas a invasão de anúncios nos nossos e-mails e mídias sociais. Tudo isso fez com que muitos resolvessem comprar o que talvez não estivessem precisando ou ainda “só para aproveitar o que estava barato”.

Mas também não era apenas a Black Friday, era a semana Black Friday, o fim de semana Black Friday, o mês Black Friday. Engraçado que em minha aula de inglês, Friday era sexta-feira, mas deixa pra lá.

Sim, estamos precisando mexer na economia, mover o consumo para voltarmos a crescer e sair desta recessão que muitos da geração Millenium nunca tinham passado. Precisamos fabricar mais, produzir mais, vender mais e fazer a roda econômica girar. Mas sempre com muita consciência!

O momento é crítico e muito, amigos e amigas estão desempregados buscando vagas há mais de um ano. Mas o motor do consumo vai salvá-los?

Não sei se só isso é suficiente. O que sei é que neste momento precisamos ter ainda mais consciência nas nossas compras e débitos nos cartões de crédito. Precisamos entender o momento econômico do Brasil e do mundo, além destas turbulências políticas pelas quais estamos passando. Para isso, o Instituto Akatu nos ensina a questionar antes de digitar o número do seu cartão:

  • Por que comprar? Você realmente precisa ou está sendo estimulado por propagandas e impulso do momento? É importante comprar agora ou pode esperar o mês que vem?
  • O que comprar? Neste momento precisa analisar as opções e escolher algo que as características realmente atendam à sua necessidade, pois atributos demais no produto podem ser desperdícios.
  • Como comprar? À vista, a prazo, no cartão? Vou conseguir pagar as prestações? Não se somarão às já existentes? Será que o meu momento financeiro permite?
  • De quem comprar? Este produtor ou empresa é confiável? Esta loja é indicada? Já ouviu falar de algum problema com a empresa sobre mão de obra escrava ou trabalho infantil? Pesquisou o preço?
  • Como usar? Usar com delicadeza para não quebrar e ter que comprar outro. Usar até o fim, não em função da moda ou da novidade. Lembre-se da energia e dos recursos naturais e pessoais que foram utilizados para o seu produto estar com você.
  • Como descartar? Depois de usar o que fará com o produto? Ele não desaparecerá como mágica. Você poderá doar? Reciclar? Transformar? Tem que pensar nisso antes de comprar!

Pois é, perguntas que parecem fáceis, mas que no nosso dia a dia não nos fazemos. O consumo consciente tem a ver com você atender as suas necessidades sem com isso afetar a sua condição monetária (entenda-se endividamento), a sua condição produtiva (leia-se trabalho, será que você continuará empregado ou recebendo?) e os impactos diretos no planeta e nas pessoas. Vamos nos desenvolvendo sempre!

Marcus Nakagawa é doutorando em Sustentabilidade pela USP/EACH, mestre em Administração pela PUC/SP; graduado em Marketing e Publicidade pela ESPM/SP; professor da graduação e MBA da ESPM, nas questões de ética, empreendedorismo, responsabilidade socioambiental, empreendedorismo social e terceiro setor. Coordenador do CEDS (Centro de ESPM de Desenvolvimento Socioambiental), idealizador e diretor administrativo da Abraps (Associação Brasileira dos Profissionais pelo Desenvolvimento Sustentável); consultor e palestrante sobre sustentabilidade, empreendedorismo e estilo de vida.

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