Qual é a bandeira tarifária e o valor efetivo que será pago pelo consumidor vão aparecer destacados na conta da AES Eletropaulo
O valor efetivo cobrado do consumidor em razão da bandeira tarifária estará destacado na nova conta de energia elétrica da AES Eletropaulo. A mudança no layout da fatura objetiva levar informação mais detalhada ao consumidor do valor que efetivamente ele está desembolsando a mais em razão das condições de geração de eletricidade. Atualmente, está em vigor a bandeira vermelha, resultando na cobrança de valor adicional de R$ 5,50 por 100 kWh. Quando a bandeira é amarela, o acréscimo é de R$ 2,50 por 100 kWh.
Até o mês passado, as contas traziam o valor da bandeira tarifária dentro do campo TE (Tarifa de Energia) somado ao consumo do mês, o que gerava informação deturpada. “O modelo anterior sugeria que o consumidor estava pagando mais pelo adicional do que pelo consumo de energia, o que é falso”, explica a Proteste – Associação de Consumidores.
Com a mudança, cumpre-se a Resolução Normativa nº 626, de 30 de setembro do ano passado, determinando que a distribuidora discrimine na fatura os valores adicionais a serem cobrados quando da aplicação das bandeiras amarela ou vermelha.
Bandeira tarifária
Desde janeiro, as contas de energia são faturadas de acordo com o Sistema de Bandeiras Tarifárias, definido pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica). “As bandeiras verde, amarela e vermelha indicam se a energia custará mais ou menos”, esclarece a AES Eletropaulo.
“Com as bandeiras tarifárias, há repasse automático à conta de luz, que pode ser mensal, do custo adicional do acionamento das usinas termelétricas. Os valores cobrados pela energia passam a flutuar de acordo com a necessidade do uso dessas geradoras mais caras. Só não há acréscimo na conta quando vigora a bandeira verde, que significa custos baixos para gerar a energia”, esclarece a Proteste.
Dependendo das usinas utilizadas para gerar a energia, esses custos podem ser maiores ou menores. Antes das bandeiras, essas variações de custos eram repassadas no reajuste seguinte, um ano depois.