Esta é a dica de Marcelo Monteiro, da PH3A, entrevistado no programa Consumo em Pauta. Ele também dá dicas de como administrar o orçamento doméstico e como usar bem o dinheiro do FGTS inativo
Para passar com certa tranquilidade períodos de economia em recessão é fundamental ter uma reserva financeira. Mas o brasileiro tem dificuldade e, tampouco, o hábito de guardar dinheiro. A dificuldade é decorrente dos baixos rendimentos, que, muitas vezes, não lhes garantem nem mesmo a subsistência básica. Já poupar é por pura falta de disciplina, muito mais do que de educação ou de consciência.
Este é um dos comentários feitos por Marcelo Monteiro, especialista no mercado de recuperação de crédito e diretor de novos negócios da PH3A, na entrevista do programa Consumo em Pauta, na Rádio Mega Brasil Online, que vai ao ar nesta segunda (11/4), comandado por Angela Crespo, que também é editora de conteúdo do site Consumo em Pauta.
A PH3A é uma empresa de tecnologia que atua com soluções para recuperação de crédito, análise de fraude, database, CRM, gateway de pagamento e plataforma de e-commerce.
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Monteiro destaca que o razoável é ter em poupança reserva financeira que garante entre 6 meses e um ano o pagamento das contas em caso de falta ou redução de salário. “Se for para um ano a reserva, isto equivaleria à guarda de 8% do que se recebe mensalmente”, indica o especialista.
O ato de poupar dinheiro para fazer a reserva financeira para a situação de perda de emprego ou para concretizar objetivos futuros exige, na opinião de Monteiro, renúncias. Quem envereda por este caminho necessariamente terá de abrir mão de outras coisas para ter tranquilidade (no caso de perda ou diminuição de renda) ou realizar sonhos de consumo. “Ter reserva financeira exige também muita disciplina”, acrescenta o especialista. Segundo ele, estabelecer valores para serem poupados mensalmente e manter o compromisso de guardar dinheiro todos os meses é resistir a tentações; é estabelecer prioridades. “A disciplina cria a noção do que é preciso fazer. A disciplina é mais que consciência. Mas é preciso se conhecer e saber se você é cigarra ou formiga, como na fábula.”
Determinar o valor mensal que será poupado e até inclui-lo no orçamento doméstico podem ajudar na formação da reserva financeira para os momentos de baixos rendimentos. O orçamento doméstico é uma ferramenta que mostra para onde está indo o dinheiro. Mas é preciso deixar folga para os imprevistos. O mais comum, conforme Monteiro, é zerar as entradas e saídas. Se um carro precisa de manutenção ou ocorre um problema de saúde no mês, não se tem dinheiro para cobrir os gastos. “Comprometer 100% do orçamento é arriscado. Mas, se optar por isso, a poupança pode ser um lastro para situações não previstas.”
Outras dicas de como administrar o orçamento doméstico, como agir diante de dívidas que não se consegue pagar neste momento de crise econômico, como fazer uma reserva financeira e como usar bem o FGTS inativo serão comentadas por Marcelo Monteiro no programa Consumo em Pauta, Rádio Mega Brasil Online, às 16 horas. Reapresentações na terça, às 19 horas, e na quarta, às 9 horas.
Por Angela Crespo
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