PLANOS DE SAÚDE DIGITAIS
O que você precisa saber antes de contratar

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Os planos de saúde digitais prometem facilidade na contratação e preços mais acessíveis. Mas é bom ficar atento aos detalhes!

 
Planos de saúde digitais vêm aumentando presença no mercado. Denominados também como healhtechs, têm como base a tecnologia e a inovação. A facilidade na contratação e a proposta de preços mais acessíveis são os principais argumentos de venda. Contudo, assim como na aquisição de um plano tradicional, é preciso estar atento aos detalhes.
 

No entanto, primeira coisa a saber é que os planos digitais precisam estar regulamentados pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar). É a agência que define os aumentos máximos anuais para os contratos individuais ou familiares. Em 2020, segundo a Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-SP), o reajuste foi de 8,14%. Já para o período de maio de 2021 a abril de 2022, pela primeira vez, o porcentual de reajuste foi negativo: -8.19%. Provocado pela queda na utilização de serviços na saúde suplementar por conta da pandemia de Covid-19.

 



Outro detalhe importante é o Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, também determinado pela ANS. Uma lista de consultas, exames e tratamentos que as operadoras devem oferecer. Do mesmo modo,  as c
oberturas obrigatórias para os planos de saúde regulamentados (contratados a partir de 2/01/1999 ou adaptados à Lei nº 9.656/98).  Então, as mesmas regras se aplicam aos planos de saúde digitais.
 

Contratação e direito ao arrependimento

A contratação de planos de saúde digitais no geral é bem simples. Primeiramente, basta preencher o cadastro nas plataformas, nas quais também é possível fazer simulações. Todos os demais procedimentos e validações também são por via digital.
 
Apesar da facilidade na contratação, a análise dos prós e contras pode levar um certo tempo. Em especial o item coparticipação. Ou seja, caso o cliente vá diretamente para um PS ou hospital sem comprovar urgência, pode arcar com parte do valor. A carência é de 24 horas para urgência e emergência, mas pode ser bem longa para certas especialidades. Para partos chegam a 300 dias. Melhor contratar antes de encomendar o bebê!
 
Vale lembrar que mesmo comprados via online o cliente tem garantido o direito ao arrependimento. Ou seja, poderá desistir do contrato, unilateralmente, no prazo de 7 dias, a partir da data da assinatura do contrato.
 

Como funcionam os planos de saúde digitais

A lógica dos planos de saúde digitais é a prevenção. Nesse sentido, se denominam gestores de saúde. Resgataram a figura do médico de família que conta com suporte de dados de inteligência artificial. Isto é, o cliente é acompanhando por uma equipe interdisciplinar, formada por médicos, nutricionistas, entre outros. O histórico de vida, hábitos, prontuários de atendimento, entre outros dados, são usados como ferramentas de prevenção.
 
“O foco está na atenção primária à saúde, privilegiando a prevenção, e não apenas no atendimento de emergência e urgência. Priorizamos o bem-estar e a saúde. Temos iniciativas que englobam pilares como sono, alimentação e atividade física. Isso possibilita o equilíbrio do corpo e da mente”, destaca Leandro Rodrigues, gerente comercial da Kipp Saúde, heathtech do Grupo Omint.
 
Os atendimentos são prioritariamente feitos por meios das plataformas e aplicativos. É nesse contato, disponível 24 horas por dia, que será definido a urgência do caso. Isto é, se o cliente deve ir para uma unidade de atendimento conveniada, para um especialista ou se será apenas por teleatendimento. Vale lembrar que em ir direto a um atendimento presencial, por conta de uma dor de cabeça, pode custar caro. Em alguns planos, caso não seja comprovada a urgência, a conta vai para o paciente.
 

Rede credenciada e valores

Os planos de saúde digitais individuais atualmente em operação são Kipp Saúde, Alice e QSaúde. Todos oferecem hospitais de referência e laboratórios de ponta em seus planos. Hospitais Albert Einstein, Oswaldo Cruz, Santa Catarina, Beneficência Portuguesa, entre outros.
Contudo, a rede credenciada, até então, está baseada na capital paulista ou na região metropolitana. Alguns planos oferecem cobertura nacional em casos de urgência e emergência, por meio de reembolso. Os valores variam de acordo com o procedimento.
 
As modalidades de contrato vão de enfermaria a apartamentos individuais. O valor da mensalidade varia de acordo com esses itens somados ao fator idade. Para se ter uma ideia, numa simulação para uma pessoa de 59 anos, nas categorias mais simples, os preços podem chegar até R$ 2.370,00.
 

A digitalização da saúde

A telemedicina ainda precisar de regulamentação definitiva Brasil. No entanto, foi liberada em caráter emergencial por conta da pandemia de Covid-19, conforme a Lei nº 13.989/2020. Contudo, a digitalização da saúde é um caminho sem volta.
“Diante da cultura estabelecida pela pandemia de realizar a relação entre médico e paciente em ambientes tecnológicos, estamos frente a frente com um caminho sem retorno. Ou seja, será inevitável a manutenção do atual patamar de utilização do recurso.”  A afirmação é de Henderson Fürst, advogado da área da saúde e presidente da Comissão Especial de Bioética da OAB Nacional.
Planos coletivos, empresariais, para MEI e até mesmo por categoria profissional já atuam de forma digital. Entre os em operação para pessoa jurídica está a Sami. Aliás, este possui uma clinica própria dentro do principal conveniado, a Beneficência Portuguesa.  Alguns planos de saúde digital individuais, no entanto, já estão de olho também nesse nicho.
 
Na segmentação por atividade profissional, por exemplo, está o Advocart Saúde. Direcionado a estudantes e profissionais de Direito e suas famílias. Aliás, outros mercados, como o planos veterinários, também surfam na onda digital.
 
Prevenir é o melhor remédio. Então, ao escolher seu plano, previna-se antes com informação. Saúde!
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