O Colabora Saúde conecta, de forma digital, pessoas, empresas e instituições, possibilitando a orientação, distribuição de medicamentos, de insumos e de equipamentos médicos a quem precisa, gratuitamente
Provavelmente você já ouviu falar de economia colaborativa, também conhecida como consumo colaborativo ou economia compartilhada. Trata-se de um novo conceito que possibilita acesso a bens e serviços via compartilhamento em vez da aquisição ou da acumulação.
Na economia colaborativa o tom é mudar a realidade atual de consumo, ou seja, deixar de acumular para compartilhar.
E é seguindo esta ideia que há poucos meses começou a funcionar a plataforma Colabora Saúde, criada pela Ideaas Saúde que visa a unir pessoas (físicas e jurídicas) que tenham demandas e ofertas no setor de saúde. O nome é escrito com dois “as”, que traduzem “acesso” e “adesão”, temas importantes na área de saúde.
Quem vai explicar como funciona a plataforma Colabora Saúde é Carlos Pappini Jr. um dos fundadores. Ele é o entrevistado da jornalista Angela Crespo no programa Consumo em Pauta.
A proposta é conectar, de forma digital, pessoas, empresas e instituições, possibilitando a orientação, distribuição de medicamentos, de insumos e de equipamentos médicos e a realização de consultas e exames a quase 60 milhões de brasileiros que ainda não têm acesso tão fácil ao sistema de saúde. E tudo de forma gratuita.
Assista ao vídeo, clicando aqui
“Quem tem em casa, por exemplo, uma cadeira de rodas e não vai mais usá-la pode cadastrá-la na plataforma que será doada a quem não tem condições de comprá-la”, destaca Pappini Jr. Ou seja, a Colabora Saúde vai unir as duas pontas – quem doa e quem precisa – e resolver dois problemas, solucionando a demanda, por um lado, e o desperdício de recurso não utilizado, pelo outro. “Isso vale para medicamentos, serviços, equipamentos, objetos e até mesmo para médicos, que tenham uma janela em sua semana de trabalho e poderá reservar este tempo para dar atendimento a quem necessita”, acrescenta Pappini Jr.
Uma outra forma de participar desta economia colaborativa na área de saúde, para aqueles que não têm nada no momento para doar, é olhar a plataforma e verificar o que está sendo solicitado e assumir a doação. Pappini também diz que empresas de logísticas podem colaborar transportando o material doado a quem necessita dele. “Destaco que toda doação será feita a associações de pacientes e instituições sociais, dando transparência a todos os que participam do trabalho de unir as duas pontas.” Isso não significa que a instituição terá posse do que foi doado e, sim, que ela indicará quem necessita e o insumo será entregue diretamente à pessoa que solicitou.
A Colabora Saúde, ao receber uma demanda, busca, primeiro, orientar a pessoa de como ela pode acessar o SUS para ter o que necessita. Se não tiver o acesso ou ficar na fila do sistema de saúde público, vai buscar uma doação, até porque, enfatiza Pappini Jr, “tempo na saúde é muito importante”.
Num terceiro momento, caso as duas opções acima não solucionem a questão, poderá incentivar o financiamento coletivo, função que a plataforma deve lançar brevemente. “Nosso objetivo é resolver a demanda.”
Pappini Jr. cita que, neste contexto, a plataforma conseguiu atendimento de gástrico pediátrico a duas crianças que necessitavam com urgência de tratamento, como também duas mil vacinas contra gripe, que foram doadas por um fabricante e aplicadas na população de Paraisópolis. “Queremos que farmácias, por exemplo, se sensibilizem para o Colabora Saúde e façam doações de medicamentos e produtos que estão perto de vencerem e, provavelmente, irão para o lixo. Muitas pessoas podem estar precisando deles e usarão antes do fim da validade.”
A contabilidade social do Colabora Saúde, nas palavras de Pappini Jr., é mais importante que a contabilidade financeira e o lucro é o quanto ela quer impactar quem doa e quem recebe.
Para saber mais sobre o Colabora Saúde, acesse a Rádio Mega Brasil Online nesta segunda (7/10) às 16 horas. Reapresentações na terça, às 19 horas, e na quarta, às 9 horas.