No momento, comenta Walfrido Ávila, CEO da Tradener Comercializadora de Energia, só grandes consumidores têm a opção de participar do mercado livre de energia
Se os consumidores brasileiros tivessem a opção de escolher seu fornecedor de energia elétrica, cerca de R$ 12 bilhões por ano ficariam no seu bolso. O valor é estimado por Walfrido Ávila, CEO da Tradener Comercializadora de Energia e fundador do Mercado Livre de Energia no Brasil.
E é sobre o mercado livre de energia elétrica que a jornalista Angela Crespo conversa com Ávila no programa Consumo em Pauta. O CEO da Tradener destaca que, atualmente, esse mercado representa 30% de toda a energia elétrica consumida no Brasil e atende cerca de 6 mil consumidores livres e especiais, que estão entre os maiores do país. “Merece destaque que os preços da energia no mercado livre foram em torno de 29% menores que as tarifas reguladas das distribuidoras no mesmo período”, acrescenta.
Na entrevista, Ávila defende a abertura plena do mercado de energia no Brasil, como já acontece em países da Europa, nos Estados Unidos e vários outros mercados pelo mundo afora, fala das vantagens do mercado livre para o consumidor, dá números de economia que o mercado livre trouxe para o Brasil nos últimos 20 anos, comenta a posição do governo nacional sobre a abertura deste mercado e dá dicas para os consumidores que desejam escolher seu fornecedor de energia elétrica.
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No momento, comenta o executivo, só grandes consumidores têm a opção de participar do mercado livre de energia, que tem uma função estratégica para o país, “que é o estabelecimento do maior grau possível de competição nos segmentos de geração e comercialização de energia”. Se o consumidor final tivesse a livre opção de escolha de seu fornecedor de energia, acrescenta CEO da Tradener, com negociação também livre, daríamos um passo muito importante na modernização deste setor.
Não faltam disposição, trabalho e projetos de lei para que o mercado livre de energia seja uma realidade no Brasil. No Congresso, dois projetos de lei discutem a questão, mas, conforme Ávila, tramitam de forma muito lenta. Um deles, o PL 1917/2015, aguarda a criação de uma comissão especial que irá analisá-lo. Já o PLS 232, do Senado, espera por deliberação na Comissão de Infraestrutura (CI). Ambos incorporam as proposições originadas da Consulta Pública 33, realizada em 2017, pelo Ministério de Minas e Energia, que recomendou mudanças importantes ao modelo setorial vigente, e deu força ao movimento que pretende modernizar o setor energético do País.
Quer saber mais sobre mercado livre de energia no Brasil? Acesse a Rádio Mega Brasil Online nesta segunda, às 16 horas. Reapresentações na terça, às 19 horas, e na quarta, às 9 horas.