NO RÁDIO: Inadimplente tem dificuldade para renegociar dívidas com bancos

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Ione Amorim, do Idec, explica levantamento que mostra dificuldades de inadimplente renegociar dívidas com bancos Foto: Patrick Ribeiro-Mega Brasil

É o que aponta estudo realizado pelo Idec, do qual participaram quase 2 mil inadimplentes. Do total, 53,6% já tentaram renegociar uma dívida; apenas 39,2% tiveram sucesso

Levantamento do Idec (Instituto de Defesa do Consumidor) aponta as dificuldades enfrentadas por inadimplentes na renegociação de suas dívidas com os bancos. Os resultados serão explorados por Ione Amorim, economista do instituto, no programa Consumo em Pauta, na Rádio Mega Brasil Oline, nesta segunda-feira.

Ela começa a entrevista a Angela Crespo – que também é editora de conteúdo do site Consumo em Pauta – explicando os principais motivos de insucesso por parte do inadimplente na renegociação de dívidas: transferência do débito para outra empresa (29,1% dos respondentes); pedido de novo prazo para o pagamento negado (27,3%); e negativa do banco de renegociar dívidas que ainda não estão inadimplentes (24,2%). “Dos 1.815 inadimplentes que responderam à pesquisa, 53,6% já tentaram renegociar uma dívida. Contudo, desse total, apenas 39,2% tiveram sucesso”, acrescenta.

Conforme Ione Amorim, um dos fatores que levaram o Idec a fazer esta pesquisa com os inadimplentes foi os índices do Banco Central (BC) que apontam mensalmente o grau de inadimplência dos consumidores. “As dívidas renegociadas ocupam a segunda posição no ranking do BC; só perdem para o cartão de crédito.”




A explicação para o alto índice do não pagamento de dívidas após a renegociação com a instituição financeira está no fato de o inadimplente não se preparar financeiramente para assumir as novas parcelas. Conforme Ione Amorim, parte destes contratos é negociada em grandes feirões, realizados normalmente no fim de ano. “O consumidor para voltar ao consumo procura estes feirões sem antes fazer uma análise prévia da sua condição financeira. Aceita a proposta do banco mesmo ela sendo incompatível com sua renda. Ele quer seu nome limpo e isso ocorre cinco dias após o pagamento da primeira parcela da dívida já renegociada. Depois, volta a ser inadimplente porque percebe que não terá condições de arcar com as prestações.”

A instituição financeira, destaca a economista do Idec, tem sua parcela de culpa pela situação de inadimplência do consumidor, uma vez que também não analisa as condições financeiras do inadimplente antes de propor um acordo. “Esta situação só será brecada quando tivermos políticas claras de renegociação de dívidas, o que ainda não há no Brasil.”

Quanto à tentativa de o inadimplente querer renegociar a dívida mesmo antes de vencida – praticamente impossível -, Ione Amorim assinala que os bancos entendem que abrir a negociação preventivamente é uma situação de quebra de contrato.

Mas o consumidor que não conseguir o diálogo com seu credor tem como possibilidade procurar os órgãos oficiais, como Defensoria Pública, Procon e até os Tribunais de Justiça, para renegociar seu débito antes que a inadimplência seja consumada. Infelizmente, este comportamento também é quase nulo por parte dos que querem a renegociação.  Conforme a economista do Idec, menos de 1% das renegociações de dívidas são feitas fora do banco, e quando elas já estão vencidas. “Imagina as não vencidas! ”

Na situação em que a dívida já foi repassada pelo banco a um escritório de cobrança, um dos motivos de insucesso na renegociação apontado pelo levantamento do Idec, Ione Amorim é enfática ao dizer que “a transferência da dívida tem de ser comunicada ao consumidor e o banco deve informá-lo quem é o novo ‘dono’”.

O entendimento do Idec é que o inadimplente pode procurar o credor original se não receber nenhum documento sobre a transferência da dívida. Caso não consiga o diálogo, a recomendação é buscar ajuda externa, como Procon. “Sozinho o inadimplente pouco consegue e fica exposto às determinações do credor, mesmo que a dívida já esteja com um escritório de cobrança.”

Para saber mais sobre o levantamento do Idec dos insucessos na renegociação de dívidas, não perca o programa Consumo em Pauta, na Rádio Mega Brasil Online, nesta segunda-feira (6/3), às 16 horas. Reapresentações na terça, às 19 horas, e na quarta, às 9 horas.  

Por Angela Crespo

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