Ganhou força nesta pandemia criar os próprios cosméticos. Se você entrou nesta onda, veja as dicas da Flora Fiora
Criar os próprios cosméticos, personalizados, é a nova tendência. E ela ganha fôlego justamente com a quarentena do coronavírus, cujo isolamento despertou nas pessoas a necessidade de buscar novas possibilidades com o cuidado pessoal. Cremes faciais, shampos, condicionadores, hidratantes para o corpo, entre outros produtos, estão sendo preparados em casa e conquistando aqueles que não querem mais usar fórmulas prontas.
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Tanto que inúmeras empresas que oferecem insumos para se criar os próprios cosméticos têm nascidos ou se fortalecido neste período.
É o caso da Flora Fiora, que surgiu em 2014, mas foi agora em 2020 que impulsionou o “conceito de cosmeteria com o objetivo de dar autonomia para as pessoas criarem seus próprios cosméticos naturais de forma prática e totalmente personalizada”.
Mas como criar os próprios cosméticos? Como identificar e comprar insumos de qualidade? Como usar e guardar os produtos fabricados em casa? Quais os cuidados para não ter problemas na pele? E, se ocorrer problemas, o que fazer?
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Estas questões foram respondidas por Jéssica d’Lima, criadora da Flora Fiora. Ela é a entrevistada da jornalista Angela Crespo no programa Consumo em Pauta. Jéssica tem formação em marketing, é pós graduada em marketing de varejo, e graduanda em farmácia, além de ter feito cursos na área de insumos farmacêuticos, manipulação cosmética, legislação para empresas cosmética e de estudar constantemente de forma autônoma sobre cosmetologia e farmácia.
Como criar os próprios cosméticos
Antes de criar o próprio cosmético, o indicado é o autoconhecimento do tipo de cabelo ou de pele e o que se quer melhorar. “Pode-se buscar a orientação de um dermatologista em casos mais complexos para identificar o tratamento específico para fazer os próprios cosméticos”, explica Jéssica. Mas é possível identificar o que precisa observando o tipo de cabelo ou pele. “E usar receitas que disponibilizamos no blog da Flora Fiora.”
A próxima etapa é pesquisar os insumos, observando sua composição, como são produzidos, como são extraídos e as suas propriedades. “Estas informações precisam estar no rótulo da embalagem”, diz Jéssica, chamando a atenção para alguns detalhes, como, por exemplo, a diferença entre óleos vegetais e essenciais. “Estes óleos são muito usados na produção de cosméticos. Então, opte pelos óleos vegetais prensados a frio e pelos óleos essenciais destilados a vapor. Estas informações devem constar no produto.”
Autorização da Anvisa
Outros detalhes a serem observados são a autorização da Anvisa. Conforme Jéssica, as bases cosméticas têm de ter autorização do órgão regulador, porque são considerados cosméticos e não insumos. Já os insumos não precisam da autorização, mas todas as empresas têm de ter um químico responsável e registro no Conselho Regional de Química.
Como usar
Após criar os próprios cosméticos, é fundamental usá-los na hora, recomenda Jéssica. Isso porque eles podem perder algumas propriedades ou acumular fungos e bactérias. “Quando a base já tem conservante e antioxidante, o uso pode ser prolongado em até 60 dias, mas este tempo poderá ser reduzido dependendo do manuseio (não colocar a mão no frasco para retirar o produto), local de armazenagem, umidade”, completa a dona da Flora Fiora.
E se houver problemas?
Caso ocorra algum problema no uso do cosmético criado em casa, deve-se procurar um médico ou dermatologista para saber o que ocorreu. “A pessoa pode ter alergia a um determinado insumo sem saber”, ressalta Jéssica.
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Outra recomendação é contatar a empresa da qual se comprou os insumos para que ela possa recolher o produto para análise.
Para saber mais sobre como criar os próprios cosméticos, acesse a Rádio Mega Brasil Online nesta segunda (9/11), às 16 horas. Reapresentações na terça, às 9 horas, e na quarta, às 16 horas.