Viajar bem por terra, mar ou ar. As férias chegaram e você planejou dias de descanso misturados com um pouco de aventura e passeios inesquecíveis, por exemplo. Já fez a reserva em um hotel bem agradável, mas é um lugar que dá para ir de carro, ônibus, navio ou avião. A forma de chegar ao destino escolhido é uma questão de opção; o importante é fazer tudo com segurança, conforto e tranquilidade durante o trajeto.
O Consumo em Pauta dá dicas simples de cuidados que podem ser tomados para evitar quaisquer contratempos quando a gente resolve deixar o carro na garagem e comprar passagens terrestres, aéreas ou marítimas. Afinal de contas, é hora de se divertir e de aproveitar as férias!
De ônibus
Tem gente que prefere ir à rodoviária da cidade e reservar ou comprar a passagem. O modo mais prático é entrar na internet, fazer consultas sobre dias, horários e preços e adquirir o bilhete. Daí, você só se desloca para o terminal rodoviário na data da viagem.
As companhias, geralmente, pedem que o passageiro chegue com meia hora de antecedência do embarque para evitar atrasos e imprevistos.
Depois da checagem da passagem, com o preenchimento de dados pessoais solicitados, e a verificação de documentos, o viajante pode entrar e procurar seu assento ou aproveitar para ir ao banheiro ou comprar algo. Antes, quem quiser pode despachar a bagagem. É recomendado ter certeza de que a etiqueta foi colocada na mala, que deve ter no máximo 30 quilos.
Relaxar e se alongar
Durante a viagem de ônibus é aconselhável usar cinto de segurança, levar algo leve para consumir e água. O celular é um companheiro e tanto para se distrair; há os que preferem cochilar. Uma boa dica é se movimentar, se alongar durante as paradas, evitando dores pelo corpo. Bom, isso serve para qualquer viagem, não é mesmo?
Ao chegar ao destino, com calma, veja se não esqueceu nada dentro do ônibus, porque a empresa de transporte se responsabiliza pela bagagem despachada, mas a de mão quem responde totalmente pelo seu cuidado é o passageiro.
Se houver atrasos, interrupção ou adiamento de viagem, as empresas do transporte rodoviário são obrigadas a prestar assistência aos passageiros. Às vezes, dependendo da situação, devem arcar com despesa de alimentação e hospedagem.
Recorrer à ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) também é uma saída; procure o fiscal na rodoviária ou ligue 166. Ainda há o SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor); toda empresa possui um para registrar queixas, reclamações e sugestões.
Se a organização não tomar as medidas necessárias, é hora de ir atrás da Justiça.
Por mar
A viagem de férias será de cruzeiro. Que beleza! Sim, é possível enjoar, mas há maneiras de contornar esse desconforto.
Nas viagens de navios, o passageiro pode embarcar com carteira de identidade (RG) original, expedida há menos de dez anos, ou outro documento de identificação válido e original no território nacional com foto, como CNH, Crea, OAB e CRM. Em viagens internacionais, o passaporte é solicitado.
Para menores, há diferentes documentos pedidos, porque depende do responsável que os acompanha.
A vida a bordo revela que é preciso levar roupas descontraídas para aproveitar todas as atrações ao ar livre e os passeios em terra, mas também trajes mais formais são recomendados, porque há programação noturna como jantar do capitão, eventos temáticos e baladas.
Porém, cuidado com o excesso de peso: geralmente, é permitido até 23 quilos por mala para um cruzeiro de uma semana; passeios maiores deixam que o passageiro leve até o dobro desse peso. Tudo muito bem identificado. É sugerido aos passageiros contratar um seguro-viagem.
Ainda, no caso dos navios, há uma equipe médica a bordo. Todos podem ter acesso para orientações básicas e até remédio para enjoo. Atendimentos mais complexos estão sujeitos a uma taxa (o seguro-viagem cobre).
Características do cruzeiro
O navio tem tudo. Parece uma minicidade. Então, para fazer compras o dólar é a moeda usada e a forma de pagamento padronizada: os passageiros recebem um cartão de crédito próprio, que às vezes também abrem as cabines. As despesas são lançadas em um programa, como nos hotéis, para acertar antes de desembarcar (check-out).
Muitos shows e atrações artísticas são oferecidas. As refeições em cruzeiros também estão inclusas no valor da passagem. Mas, se alguém quiser comer algo que sai do pacote e ir a um restaurante de especialidades, por exemplo, vai arcar com a despesa.
Além da alimentação, a viagem tem uma série de atrações para pagar à parte, como SPA e tratamentos estéticos e cinema 4D.
Quando o navio para e permite que o passageiro saia da embarcação e faça turismo por um determinado destino, ele será o responsável em contratar tours guiados pela própria empresa do cruzeiro ou por alguém do local. Pode haver cobrança de taxas pela cidade para o desembarque.
Cancelamento
Porém, se a viagem for cancelada por algum motivo, as empresas devem devolver o dinheiro a quem comprou a passagem ou dar um crédito para que o viajante use mais para frente, segundo o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor).
Não é especificamente para os cruzeiros. Mas o artigo 35 do Código de Defesa do Consumidor (CDC) diz que, caso o fornecedor de produtos ou serviços não cumprir o que foi acordado, “o consumidor poderá escolher entre aceitar outro produto, prestação de serviço equivalente ou rescindir o contrato, com direito à restituição da quantia paga”.
Se deu problema e determinado passageiro só tem aquele período de férias para aproveitar, vai perder essa oportunidade e se sente lesado por isso, pode recorrer à Justiça e pedir uma indenização.
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Pelo ar
Você comprou a passagem nacional ou internacional de avião e não deu para embarcar ou por excesso de passageiros (overbooking) ou por algum problema com a aeronave, por exemplo. Claro, partimos do princípio que não foi você que se atrasou ou teve algum impedimento. O mais importante é tentar resolver a situação e não estragar suas férias.
Preparativos
Quando a viagem é de avião, o cuidado começa dentro de casa. É importante que você confirme pelo aplicativo da companhia aérea sua reserva e horário do voo. Ainda é possível esclarecer dúvidas. Se puder, faça check-in online pelo aplicativo ou site da própria empresa.
Todas as informações na hora de reservar a passagem devem ser preenchidas com cuidado. Em geral, elas serão checadas pelas companhias aéreas e dá uma dor de cabeça quando os dados não batem. Preste atenção, principalmente, quando tiver que fazer isso em outro idioma.
No aeroporto, a gente precisa ficar esperto, chegar bem antes do previsto para encontrar o balcão da empresa com calma, ter os dados verificados, a bagagem despachada e fazer o embarque. Por isso, é sempre bom checar várias vezes a data do embarque, assim como o horário (AM – madrugada e manhã e PM – tarde ou noite) e as diferenças do fuso.
Além de tentar não se estressar é bom ter bastante tempo sobrando para evitar qualquer problema.
Bagagem e seguro-viagem
Muita atenção com as suas malas no avião. As regras mudaram recentemente e os preços só subiram. Respeite as regras. Bagagem de mão é sempre a melhor opção.
Vamos fazer mais uma sugestão: invista em seguro-viagem. Aqui não tem plano B. A assistência ajuda e evita confronto direto com a companhia aérea, em caso de sinistros, tanto em uma viagem nacional como internacional. Ele cobre desde extravio de bagagem, cancelamento de voo, cobertura com gastos médicos e hospitalares até parto emergencial ou aborto espontâneo, doença grave ou falecimento.
Qual for a sua escolha: viajar bem por terra, mar ou ar, vá tranquilo. Sem correria. As férias começam antes de se sair de casa. É preciso que o estresse também tire um período para deixar você em paz, só relaxando!
Por Raquel Budow