Como funciona este programa de certificação no setor têxtil será explicado por Edmundo Lima, diretor executivo da ABVTEX no programa Consumo em Pauta
O Programa de Certificação de Fornecedores-ABVTEX, iniciativa da ABVTEX (Associação Brasileira do Varejo Têxtil), é uma referência no combate ao trabalho análogo ao escravo e vem sendo desenvolvido na cadeia de fornecimento de produtos têxteis. Além disso, vem promovendo a mitigação de riscos de passivos trabalhistas; melhoria no ambiente de trabalho e redução de acidentes, o que diminui o absenteísmo; e maior motivação e retenção de trabalhadores.
Para explicar como funciona o programa e como o consumidor pode participar desta ação, o programa Consumo em Pauta entrevista Edmundo Lima, diretor executivo da ABVTEX. O bate-papo, comandado por Angela Crespo, que também é editora de conteúdo do site Consumo em Pauta, vai ao ar nesta segunda-feira (17/4), na Rádio Mega Brasil Oline.
A certificação, explica Lima, “é um importante esforço setorial com o objetivo de ajudar as empresas signatárias a monitorar e qualificar, de maneira estruturada e integrada, a cadeia de fornecedores e subcontratados.” Por meio dele, acrescenta o executivo da ABVTEX, “vem sendo possível a criação de um novo ambiente nos aspectos de sustentabilidade e responsabilidade social entre o varejo e seus fornecedores, em benefício de toda a cadeia formada pelas redes de varejo, fornecedores e um consumidor cada vez mais consciente e preocupado com a forma com que são produzidas as peças de roupa e calçados que utiliza.”
Para obter a certificação, a empresa se submete a auditorias anuais – foram 20 mil desde 2010. Já receberam a certificação 4.112 empresas, em todo o País, beneficiando mais de 280 mil trabalhadores. “A certificação promove a transformação da indústria têxtil garantindo ao consumidor final um produto sem a utilização de trabalho análago ao escravo e tampouco o uso de mão-de-obra infantil”, explica Lima.
O consumidor também pode participar deste processo de mitigação do trabalho análago ao escravo quando dá preferência na compra de itens têxteis comercializados em estabelecimentos formais, a maioria auditado pela ABVTEX. Não há, segundo Lima, nenhuma forma de o consumidor identificar os itens confeccionados por fabricantes que passaram pelo processo e certificação, “mas o fato de privilegiar as empresas estabelecidas, dizendo não ao mercado informal, ele já está colaborando para a melhoria das condições de trabalho”. O executivo acrescenta que a compra de vestuário e outros itens que compõem o mix de moda no mercado informal acaba por incentivar uma produção que se desconhece a origem, que não se sabe como o trabalhador é tratado e, por fim, provoca concorrência desleal com as empresas que buscam cumprir toda a legislação.
Para saber mais sobre a certificação da ABVTEX no setor têxtil reserve um tempo para ouvir o programa Consumo em Pauta às 16 horas, na Rádio Mega Brasil Online. Reapresentações na terça, às 19 horas, e na quarta, às 9 horas.
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