O fator humano é uma das tendências que devem direcionar as relações entre os dois lados do balcão em 2023
Quais as tendências para o varejo neste 2023 e como o consumidor pode ser beneficiado com o que está por vir. Sabemos que o ato de fazer compras mudou muito e rapidamente. O e-commerce, com a pandemia, cresceu como nunca. Levantamento sobre as tendências para 2023 do varejo aponta que para 84% dos entrevistados a experiência ideal de compras está no ambiente físico e virtual integrados. Ela foi feita pela da Opinion Box e Dito, respectivamente empresa de consultoria e de tecnologia de marketing.
A personalização do atendimento é outro aspecto que aparece na pesquisa. Ela apurou que 72% esperam que as empresas reconheçam os consumidores como indivíduos únicos e identifiquem seus interesses. Além disso, 73% optam por marcas que já proporcionaram essa experiência personalizada.
A humanização das relações de consumo
Mas uma tendência que deve direcionar as relações entre os dois lados do balcão é o fator humano. Para Flávia Mardegan, bacharel em administração de empresas e especialista em vendas e pós-vendas, o “humano vai ser cada vez mais um fator preponderante nas relações de consumo”. Isso porque, o varejo não pode ver mais o indivíduo como um cliente e, sim, como uma pessoa que quer um atendimento personalizado, que suas necessidades sejam olhadas e atendidas.
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A importância da loja física no ecossistema
Há ainda a discussão de como deve ser o futuro das lojas físicas diante do crescimento exponencial do comércio online. Nesse sentido, o modelo de omnichannel de fato será adotado. Ou seja, ele deixa o status de tendência para se tornar realidade.
Flávia Mardegan destaca que o papel da loja física, neste contexto, foi muito ampliado. “Ela fica como um hub de aprendizado.” As marcas, segundo ela, estão criando ambientes de aprendizagem onde o consumidor pode interagir e até aprender. Ainda, se transformando em ambiente social, ou seja, o consumidor indo para a loja para encontrar amigos, não necessariamente para comprar. “Há ainda a transformação em hub de distribuição, isto é, um comércio local que vira um ponto de distribuição (glocal), que nada mais é do que marcas globais inseridas dentro de uma sociedade local, adaptando-se à cultura local.”
No contexto de glocal, Flávia cita como exemplo a Starbucks, que tem produtos diferentes em cada localidade em que está. O McDonalds é outro exemplo. Ela cita que em Israel servem hambúrguer de falafel.
Customer-Centric
Os consumidores estão cada vez mais conscientes de que o dinheiro está em seu bolso. Portanto, sabem do seu poder, do que querem e do que não querem. Assim, exigem cada vez mais uma atuação de seus fornecedores no cutomer-centric. Isto é, centrada nele. Por fim, inúmeras pesquisa já vem apontando há algum tempo que a personalização do atendimento é algo que o consumidor pede e ele diz que ela pode levá-lo à fidelização.
Na Mega Brasil
Para saber mais sobre as tendências do varejo para este ano, acesse a Rádio Mega Brasil Online nesta segunda 910/4), às 16 horas. Reapresentações na terça, às 9 horas, e na quarta, às 9 horas. A entrevista com Flávia Mardegan também está disponível no canal da Mega Brasil no Youtube.