O advogado e economista Paulo Akiyama dá dicas dos cuidados na compra de um imóvel. Entre eles, saber se será utilizado para morar ou é investimento
Os cuidados na compra de um imóvel devem ser redobrados. Há diversos pontos que devem ser levados em consideração. Entre eles, é necessário ter em mente se esse imóvel será utilizado para morar ou se o objetivo é fazer um investimento.
O advogado e economista Paulo Akiyama explica que a compra de um imóvel envolve uma série de custos que necessitam de atenção. “No contexto geral, um imóvel sempre é um investimento de longo prazo. À primeira vista, não corrige o capital investido de forma satisfatória. Entretanto, é preciso considerar que você está investindo em solidez. Dependendo do valor de compra e do que vai se gastar na reforma, sempre há um retorno com menor risco”, relata.
Custos da compra de um imóvel
Entre os custos de aquisição estão a escritura, o ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis) e o registro do imóvel. Somados, eles podem atingir até 8% do valor da compra. Além disso, também pode ser necessário fazer melhorias e reformas. Neste caso, o investimento pode ser ainda mais alto.
Se o imóvel for financiado, o advogado recomenda, contudo, que tenha atenção ao comprometer a renda familiar. Embora os agentes financeiros indiquem que o valor comprometido deva ser de no máximo 30%, o advogado Akiyama recomenda que o ideal é de 20%.
Há alguns anos, a venda de imóveis tem sido feita por meio de plataformas na internet. A pandemia de Covid-19 intensificou o uso dessas ferramentas para encontrar uma casa ou apartamento. Em alguns casos, entretanto, até mesmo a visitação acontece virtualmente.
Os tours virtuais podem ser utilizados para que o comprador tenha ideia da distribuição e do estado de conservação do imóvel. No entanto, antes de qualquer formalização, é recomendado visitar o local presencialmente. No caso de apartamentos é fundamental conhecer o estacionamento, assim como as áreas de lazer. Por fim, verificar o sistema de segurança do edifício, os valores do IPTU, do condomínio e se existem obras em andamento ou planejadas.
A importância de uma assessoria
É importante, ainda, contar com a ajuda de profissionais para entender o processo de compra. “O corretor pode esclarecer os riscos que o comprador assume ao assinar o contrato de compra. No caso de imóveis em construção ou na planta, o comprador perde 30% do que pagou se desistir do negócio. Além do que não recupera o valor da corretagem. A devolução do valor, se foi pago em parcelas, será feita na mesma proporção em que foram pagas”, ele ressalta.
Segundo Akiyama, deve-se procurar a assessoria de um profissional da área jurídica. Afinal, as burocracias podem causar problemas.
O advogado diz que ao comprar um imóvel é preciso verificar se ele não pertence a pessoa jurídica. Se sim, devem ser apresentados documentos e certidões que abranjam as empresas. É comum que as empresas tenham dívidas de impostos, trabalhistas, entre outras. Ou seja, oferecem riscos ao negócio.