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Como fica o financiamento imobiliário com a nova Selic?

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financiamento imobiliário

Existem algumas formas de reduzir os juros do financiamento imobiliário. Uma delas é o consórcio, que pode ser utilizado para quitação do imóvel

Quando fazemos um financiamento imobiliário estamos adquirindo um compromisso de longo prazo e a juros compostos. Com o recente aumento da taxa Selic, que teve a quarta alta apenas este ano, a tendência é que o financiamento imobiliário fique ainda mais caro.

Segundo o Banco Central, as taxas médias do crédito imobiliário estão em torno de 7,5% ao ano, isto diante da realidade da Selic a 5,25%. Se considerarmos a estimativa de alta da taxa para 8% até o final do ano, e um spread de taxa médio de 40% (diferença entre a taxa Selic e os juros cobrados pelo banco no financiamento), voltaremos a ter taxas de financiamento imobiliário em dois dígitos: acima de 11%.


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A modalidade mais utilizada nos financiamentos imobiliários é a SAC (Sistema de Amortização Constante). No valor da mensalidade está contido os juros mais o valor de amortização da dívida. Ao financiar por um longo prazo, que é o que acontece nos financiamentos imobiliários, a amortização inicial nos dá a sensação de que a dívida não está diminuindo, e isto acontece porque os juros são sobre o saldo devedor integral, e ele acaba sendo boa parte da composição da parcela.

Em um financiamento de R$ 500 mil, por exemplo, se considerarmos uma taxa de juros mensal de 0,7%, R$ 3.500 é apenas correspondente a juros. Ou seja, se a parcela do financiamento paga pela pessoa é de R$ 5.000, o valor de R$ 1.500 está sendo reduzido da dívida total.

Neste exemplo, se considerarmos um prazo de 20 anos de financiamento, o valor total que o investidor terá pago será próximo do dobro do valor financiado. Existem algumas formas de reduzir estes juros, todas elas ligadas à antecipação de pagamentos para a redução do saldo devedor e consequentemente dos juros do financiamento.

Existem produtos no mercado que podem facilitar esta transição e ajudar na criação e constituição de patrimônio, como por exemplo, o consórcio. Por ter uma taxa fixa pelo prazo integral, diferente dos juros compostos do financiamento imobiliário, esta opção oferece um custo e uma taxa de juros bastante reduzidos.

Se considerarmos um consórcio com uma taxa total de 20% (somando seguro de vida, fundo de reserva e custos administrativos), em vez de pagar o dobro do valor, o pagamento seria 20% a mais. Ou seja, em vez do pagamento total ser R$ 1 milhão, passaria a ser correspondente a R$ 600 mil.

Quando o investidor compra um imóvel na planta, durante o período de construção ele não paga juros do financiamento, mas sim o INCC (Índice Nacional da Construção Civil). Em 2020, este índice estava próximo a 0,26% mensais. Já em 2021 teve um crescimento importante – e tem oscilado entre 0,9% e 1%.

Só é possível utilizar o consórcio para quitação do imóvel quando este já está em fase de financiamento, o que acontece na entrega de chaves. É importante que o investidor some a parcela do consórcio com a parcela do financiamento até o momento da contemplação (disponibilidade do valor da carta de crédito para fazer a quitação).

Vale lembrar que enquanto no financiamento a parcela para R$ 500 mil deve ser próxima de R$ 5 mil, no consórcio para este mesmo valor a parcela é próxima de R$ 2.000.

Também é importante citar que o consórcio não é considerado um produto de investimento, pois o valor que se paga para obter o crédito é maior do que o crédito em si – que se utilizado de maneira estratégica pode fazer muito sentido.

Além de utilizar com o intuito de substituir o financiamento imobiliário – o que pode ser feito no meio do caminho a qualquer momento -, o consórcio também pode ser utilizado para manter liquidez (disponibilidade de capital investido).

Uma pessoa que tem o valor para comprar o imóvel à vista pode manter o dinheiro investido e com os juros recebidos pagar a parcela do consórcio, fazendo com que o patrimônio acumulado aumente, pois além de ter o imóvel, continua tendo o valor em dinheiro. O consórcio também tem um seguro de vida que quita a dívida em caso de falecimento, garantindo que o patrimônio realmente se mantenha.

Em resumo, para quem está pensando em comprar o primeiro imóvel, o mercado ainda tem oportunidades com taxas de juros baixas, e sendo bem orientado e pensando de forma estratégica na hora de fazer um planejamento financeiro, pode ser um bom momento para pensar em consórcios, já que a taxa negociada perdurará por todo o período do contrato, te dando segurança e tranquilidade.

financiamento imobiliário

Ale Boiani é CEO, gestora e fundadora do grupo financeiro 360iGroup, fundado há 11 anos e que tem cinco linhas diferentes de negócios nas áreas de seguros, finanças, investimentos e planejamento patrimonial, sucessório, tributário e fiscal. Com a profissional, que possui experiência de mais de 20 anos na área na linha de frente, a companhia soma 1,3 bilhão sob administração e mais de 2.500 pessoas capacitadas.

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