O roubo ou furto de celulares virou situação comum. Afinal, além do prejuízo financeiro, os criminosos pegam os aparelhos para acessar informações que nos são muito caras, como, por exemplo, números de documentos, fotos, aplicativos de bancos e senhas.
O roubo ou furto de celulares virou situação comum. Inegavelmente. Quem não teve seu telefone levado pela gangue das bicicletas? E quem não conhece alguém que, de uma hora para outra, percebe que a bolsa está aberta, mexe nela e não encontra o celular? E mais: quem não cansa de lamentar que o aparelho estava no bolso traseiro e, quando foi usar, não achou mais? Infelizmente, cada vez mais, essas situações são cotidianas.
Além do prejuízo financeiro, os criminosos pegam os aparelhos para acessar informações que nos são muito caras, com efeito, como, por exemplo, números de documentos, fotos, aplicativos de bancos e senhas. Dessa forma, além de pegarem nossos celulares, aplicam golpes bem maiores, atrapalhando muito a nossa vida.
Um levantamento da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo aponta crescimento de 21% nos furtos e roubos de celulares em 2021, em comparação ao ano anterior. Foram quase 157 mil registros; a cada três minutos e meio, um aparelho é levado de alguma pessoa na capital paulista.
“Não precisamos esperar o pior acontecer para começar a pensar na segurança dos dados que estão em nossos aparelhos. Há alguns cuidados simples que podem ser adotados imediatamente e ajudam a evitar problemas no futuro”, afirma Anchises Moraes, especialista em cibersegurança do C6 Bank, abordando a importância de se proteger as informações.
Segurança dos dados
Moraes aborda medidas simples para aumentar a segurança dos dados:
Faça backups: além da preocupação com segurança de informação, ter um celular roubado, furtado ou perdido também traz a questão de perder memórias, como fotos e conversas. Faça backups periódicos no iCloud ou Google Drive. Você também pode ativar o backup de e-mails e aplicativos de mensagens, como o WhatsApp;
Não deixe senhas salvas: deixar sites, redes sociais e e-mails com preenchimento automático de senhas pode ser um problema quando o celular cair em mãos erradas. Para garantir a segurança de seus dados, é preferível digitar a senha toda vez que for entrar em um aplicativo. Também não é recomendável anotar senhas em blocos de notas nem compartilhar com outras pessoas por e-mails ou mensagens.
Use verificação em duas etapas: habilite esse recurso. A verificação em duas etapas cria mais uma barreira de proteção para os dados, pois permite que as informações sejam acessadas apenas por quem tem acesso ao dispositivo e conhecimento da senha;
Limpe suas fotos: não armazene fotos de documentos no celular. Esses registros podem ter dados sensíveis (muitas vezes, usados como senhas), como data de nascimento e nome dos pais, além de dados pessoais, como RG e CPF. Caso precise compartilhar esse tipo de arquivo, lembre-se de apagar imediatamente depois de usá-lo;
Desabilite notificações: caso o seu celular esteja bloqueado no momento do furto ou roubo, o criminoso pode ter acesso as suas conversas e notificações privadas na tela do celular. Além disso, ao permitir a visualização de SMS na tela bloqueada, fraudadores podem, dessa forma, receber códigos de verificação para alterar sua senha em sites e redes sociais.
Deixe a geolocalização habilitada: isso facilita a busca do seu aparelho, caso você não saiba onde ele está, ou o bloqueie em casos de furto e roubo.
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O roubo ou furto de celulares virou situação comum
Mesmo que você tome todos os cuidados, seu aparelho ainda, infelizmente, pode cair em mãos erradas. O especialista dá quatro dicas do que se deve fazer caso o celular esteja em posse de criminosos:
Notifique seu banco: se você usa aplicativos de banco, esse é o primeiro passo para proteger suas contas e evitar danos financeiros maiores. Entre em contato com as centrais de atendimentos das instituições financeiras que usa para bloquear o uso da conta pelo aplicativo e as transações com cartões;
Apague os dados do aparelho: é possível apagar os dados do seu smartphone remotamente via iCloud ou Google. Isso impede que terceiros tenham acesso a redes sociais, e-mails, aplicativos de mensagens, senhas e fotos, além de apagar apps bancários, de e-commerce e delivery. Não se preocupe, você consegue recuperar essas informações em um novo aparelho, basta deixar o backup em dia;
Avise operadora de celular e solicite o bloqueio da linha: essa medida impede que criminosos usem seu aparelho para fazer ligações para contatos da sua agenda e usem seu plano de dados para acessar a internet e aplicativos. A operadora também pode bloquear o IMEI, número de identificação do seu aparelho, impedindo que ele seja utilizado pelo criminoso;
Faça um BO para se proteger judicialmente: antes de mais nada, o boletim de ocorrência (BO), que pode ser feito na delegacia mais próxima ou online, no site da Polícia Civil de cada estado, é fundamental para contestar ações de terceiros usando seus dados. Ele, igualmente, serve para que a polícia possa investigar o delito.
Sem dúvida, é muito chato mesmo ter o celular roubado ou furtado. Somos prejudicados e devemos correr para evitar que alguém nos comprometa e explore ainda mais.
Por Raquel Budow
